Translate

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A CHEGADA DA REPÚBLICA EM ITAPIRA


(Ilustração do Site Brasilescola)


Quando o segundo reino do Brasil foi eclipsado, isto em novembro de 1889, praticamente nada mudou na antiga Penha do Rio do Peixe. Como estamos próximos da data, quis fazer uma homenagem ao evento. Ainda hoje, encontramos no Brasil, os descendentes “sangue azul” da realeza brasileira. Como também, em nosso meio, vive uma descendente de Joaquim Osório Duque Estrada, Maria Aparecida Vitta Maya. Ele, autor da letra do Hino Nacional (república). Houve uma tentativa de plebiscito para saber se a população ratificava ou não a República em 21 de abril de 1993. Continuamos República. Os motivos da extinção do sistema monárquico, já abordei em outra postagem. O foco aqui é Itapira. Procurando no livro de Atas da Câmara Municipal de Itapira, encontramos na data de 17 de novembro de 1889, como os vereadores receberam a notícia da mudança do sistema de governo:




Esta ata foi transcrita pela Dona Maria Carmelita La Farina da Cunha, Técnica em Museus, esposa do Sr. Plínio Magalhães da Cunha, criador e diretor do Museu Histórico de Itapira.
Lá, encontramos também uma cópia do Jornal “Correio do Povo”, jornal carioca, de cunho republicano, que anuncia a instalação da República e da ação da Junta Militar Transitória. Na verdade, o governo imperial estava totalmente desgastado, sem sustentação. Nem os deputados fizeram alguma manifestação. Os militares tomaram o poder e, contra armas, não há argumentos.



Voltemos um pouco no tempo..... Foi eleita a edilidade da cidade para o período de 1887 à 1890. Compunha-se dos Srs. José Joaquim de Moraes (Presidente); Cap. Jose Gomes de Alvarenga Cunha, Simão Cananeo Monteiro, Joaquim Ulisses Sarmento, Alfredo de Azevedo, Francisco Octaviano de Vasconcellos Tavares, João Manoel Pereira de Oliveira, Manoel da Rocha Campos Porto e João Batista da Rocha – Juízes de Paz: Joaquim da Rocha Campos Netto, Messias Antonio Franco, David Jose Pereira da Silva e Jose Victoriano Villas Boas.
No site da UOL, - http://www1.uol.com.br/rionosjornais/rj02.htm -, encontramos narrativas extraídas de vários jornais da época, que aludem ao atentado que o Imperador Pedro II sofreu e, da revolta das pessoas que o cercavam, contra o grupo que gritaram vivas à república.


ATENTADO CONTRA D. PEDRO II
Ano: 1889
"Representava-se ontem no Sant'Anna a "Escola dos Maridos", tradução de Arthur Azevedo, e nos intervalos apresentava-se ao público a prodigiosa violinista Giulietta Dionesi. S.M. o Imperador, que desejava conhecer a tradução, tanto que supondo-o impressa mandara procurá-la pelas livrarias, aproveitou o ensejo de ir ao teatro.
O Sant'Anna achava-se repleto: platéia e camarotes ocupados por pessoas da melhor sociedade; as galerias cheias da gente que de ordinário a freqüenta. No camarote imperial achavam-se, além de SS. MM. o Imperador e a Imperatriz, SS. AA. a Sra. Princesa Imperial e o Sr. D. Pedro Augusto e camaristas de semana. O espetáculo correu na melhor ordem. A atitude do povo era de todo o ponto pacífica e cortês. Nem se quer se poderia suspeitar que houvesse ali o elemento de desordem que mais tarde se revelou.
Terminado o espetáculo, o povo que enchia o teatro procurou as saídas. A família imperial dirigiu-se para a porta, indo na frente a Sra. Princesa Imperial, seguida de Sua Magestade o Imperador, que dava o braço a Sua Magestade a Imperatriz e do Sr. Príncipe D. Pedro.
O povo encostado para os lados, abria caminho a SS. MM., em silêncio. Ao chegarem ao vestíbulo do teatro, de um pequeno grupo de pessoas de baixa classe partiu um grito estentórico: "Viva o partido republicano". O Imperador parou imediatamente. Começou então uma confusão extraordinária. Grande número de pessoas prorompeu em vivas ao Imperador, acercando-se dele. As senhoras, tomadas de pânico, precitavam-se para o interior do teatro, de onde refluiam, empurradas pela onda dos que saiam. O tumulto generalizara-se: tanto na rua do Espírito Santo, como no largo do Rocio, nas circanias do teatro, vivas desencontrados se ouviram. Finalmente, pôde S.M. tomar o carro, seguindo acompanhado do piquete, que o guardava de espadas desembainhadas.
Ao passar, porém, pela frente da Maison Moderne, foram disparados três tiros de revólver na direção do carro que o conduzia. Asseguram-nos que um desses tiros quase alcançou o Sr. D. Pedro Augusto.
Felizmente S.M. o Imperador passou incólume. O sentimento da mais profunda indignação pintou-se em todos os semblantes dos que foram testemunhas desse baixo atentado. (...)" - Novidades, 16 de julho de 1889.
"Ontem à noite quando terminava o espetáculo no teatro Sant'Anna quando SS. Magestades Imperiais, SA. Princesa e SA. o Príncipe D. Pedro Augusto se dirigiam para o carro, um pequeno grupo de desordeiros levantou vivas à República. Travou-se então um conflito que pouco durou pois foi abafado pela intervenção do público sensato que também se retirava do teatro.
Quando o coche imperial seguia para a praça da Constituição, um indivíduo teve a leviandade de disparar um revólver evadindo-se em seguida para um estabelecimento próximo.
Pouco depois, porém, foi preso pelo povo um homem que se supõe ser o autor do atentado. À hora em que escrevemos esta ele sendo interrogado na 1a estação policial." - Diário do Commércio, 16 de julho de 1889.
SS. MM. e S.A. Imperial e S.A. o Príncipe D. Pedro, com seu séqüito, se retiravam do teatro Sant'Anna, à meia-noite de ante-ontem, quando no meio de um grupo que se achava à porta do mesmo teatro partiu um viva à República. Abafado esse viva sob palavras e vivas à monarquia, a D. Pedro II e à família Imperial, gerais e estrepitosos, houve um ligeiro conflito, que mais susto causou do que teve resultados funestos.
No meio desse tumulto, e aclamados pela multidão, puderam os Augustos espectadores tomar o seu coche e retirar-se com sua comitiva e guarda. Apesar, porém, da retirada de SS. MM. e AA.., a agitação continuou por algum tempo e propagou-se pela vizinhança do teatro.
Quando mais forte era o tumulto ouviu-se a detonação de um tiro de revólver, que foi dado próximo ao carro de SS. MM. quando este partia em direção do Paço da Cidade.
Grande foi a confusão que causou esse atentado, que ninguém podia prever nem esperar, o que deu lugar a ser impossível, na ocasião, prender-se o criminoso, que evadiu-se, aproveitando-se do barulho e ocultando-se no meio da grande multidão que estava no local.
Entretanto, o agente da polícia Paulino Alberto de Magalhães capturou o espanhol Ramon Gonçalves Fernandes sobre que caiam as suspeitas da autoria do crime. Em seu poder não foi encontrada arma alguma, nem foram suficientes as provas contra ele, pelo que foi posto em liberdade ontem de manhã.
Quando procediam as autoridades às primeiras diligências chegou ao seu conhecimento que era conhecido o autor do atentado, que havia sido visto pelo Sr. Antônio José Nogueira, empregado do Maison Moderne.
Por essas indicações, das 2 para as 3 horas da madrugada, o 1o delegado de polícia, Dr. Bernardino Ferreira da Silva conseguiu prender, em um bonde da Companhia de Botafogo, na rua de Gonçalves Dias, Adriano Augusto do Valle, que fôra acusado de ter disparado os tiros de revólver." - Diário do Commércio, 17 de julho de 1889.
"Ao terminar o espetáculo de ontem no teatro Sant'Anna, quando saíam suas magestades, houve um grande movimento de povo dando vivas à República uns e outros à monarquia, sendo em frente a Maison Moderne disparados alguns tiros.
Nós os republicanos nada temos com essas arruaças, que devem ser levadas somente à conta da polícia disfarçada e da guarda criada para garantia do trono." - República Brazileira, 16 de julho de 1889.
" (...) O desacato que sofreu o chefe do estado, alquebrado pelos anos e pela moléstia, junto à santa senhora que o acompanhava só pode ser levado à conta da loucura daqueles que a todo transe procuram indispor e vilipendiar o nosso partido. Apelamos para o próprio imperador, e ele, que com cosciência nos diga, se julga que haja nesta terra um "verdadeiro republicano" que seja capaz de atentar contra a sua vida! Revolucionários, sim, assassinos, nunca!" - República Brazileira, 17 de julho de 1889.
"Causou a mais viva impressão a notícia da deplorável ocorrência de ontem à noite, às portas do teatro Sant'Anna e suas circumvizinhanças.
Um grupo, quando o Imperador saía do teatro em companhia de sua augusta família, levantou vivas à república, o que produziu a maior confusão no povo, que em desafronta de Sua Magestade levantou vivas ao imperador.
Sua Magestade embarcou em seguida no seu coche, que partiu a trote largo, e afirmam várias pessoas que, no momento de passar aquele por defronte da Maison Moderne, ou Stat-Coblentz, ouviu-se a detonação de um tiro.
Este fato deu à ocorrência o vulto de um atentado, que comoveu profundamente a opinião.(...)
Não podemos acreditar que houvesse a intenção de atentar contra a pessoa do Imperador. Repugna a índole do nosso povo; não se conforma com os nossos sentimentos a premeditação de tal crime, contra o soberano que aboliu de fato a pena de morte. (...)" - Cidade do Rio, 16 de julho de 1889.
"Ontem, quando se retirava do teatro Sant'Anna, terminado o espetáculo, foi sua magestade obrigada a parar à porta de saída.
Grande multidão de indivíduos achava ali postada e dentre ela partiu um grito sedicioso. Sua Magestade parou e no mesmo instante viu-se cercado por todos tantos o acompanhavam.
Ao passar o carro em frente à Maison Moderne, ouviu-se a detonação de alguns tiros. Fácil é de imaginar-se o tumulto produzido por este fato.
O piquete de cavalaria, que gurdava a carruagem imperial, marchou em disparada, acompanhando-a pela rua da Carioca, por ter o cocheiro fastigado os animais, afastando-os do lugar tumultuoso.
A polícia compareceu imediatamente e foram dadas várias ordens para conhecer-se qual o autor do atentado, até então desconhecido.
Intimadas várias pessoas para virem à Polícia, conseguiu por fim o dr. Bernardino Ferreira, 1o delegado, conhecer a verdade, por denúncia de um cavalheiro. (...)
A população brasileira foi hoje dolorosamente impressionada, tomando-se da mais justa indignação pelo estúpido atentado cometido ontem, à noite, contra Sua Magestade o Imperador, quando este retirava-se com Sua Magestade a Imperatriz do teatro Sant'Anna.
Era o sr. D. Pedro II o único soberano deste século contra quem não tinha havido atentado de espécie alguma e isso abonava principalmente a brandura do coração brasileiro e dos nossos costumes.
Infelizmente, houve ontem um atentado que não podemos atribuir senão à inconsciência de quem o praticou: ou loucura ou embriaguez, pois, por honra do partido republicano, não acreditamos que tal ato dele partisse. Esse triste acontecimento é ainda uma das consequências da profunda anarquia que lavra nos espíritos do Brasil, onde todas as noções de direito, dever e liberdade acham-se completamente obliteradas." Gazeta da Tarde, 16 de julho de 1889.

A Câmara de Itapira também se manifestou contra o atentando, isto em julho de 1889.

“ Officio ao Ministro do Império a 2-8-89
... A Câmara Municipal desta cidade em Sessão de hoje, primeira depois do lamentável attentado do dia 15 do corrente contra a preciosa vida de Sua Majestade e Imperador, deliberaram por unanimidade de votos, fazer chegar, por intermédio de Vossa Excelência ao conhecimento do mesmo respeitabilíssimo Monarca que, felicitando-o (ilegível) mallogrado intento, congratula-se com a Nação pela conservação de sua vida. Deus guarde a Vossa Excelencia. Paço da Comarca Municipal da Sessão de 31 de julho de 1889. Ao Ilmo Sr. Luis Carlos D”Assunpção, Presidente da Província de São Paulo. Assinam, os vereadores: Jose Gomes de Alvarenga Cunha (Vice-Presidente), João Manoel Pereira de Oliveira, João Baptista da Rocha, Bento Ignácio de Alvarenga Cunha e Francisco Octaviano de Vasconcellos Tavares.



A imagem ao lado, mostra a foto da família Real. Sentados estão Dom Pedro II e Teresa Cristina. Em pé, em cima de Dom Pedro II está sua filha Princesa Isabel e seu esposo, e atrás de Teresa está sua filha Princesa Leopoldina e seu esposo.
O nome do Imperador era: Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bebiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga (blog dompedro22)

AS IDÉIAS REPUBLICANAS:

Não, que as idéias republicanas não estivessem presentes em Itapira, mas percebemos pela Ata anterior, que na reunião ocorrida no dia 15 de novembro, ninguém aborda assunto algum sobre os acontecimentos no Rio de Janeiro ou descontentamentos em relação ao Rei . Estes mesmos homens continuarão como edis até o final do mandato.
Em abril de 1891, tendo os membros da intendência, pedido demissão coletiva, foram empossados os srs: João Manoel Pereira de Oliveira (presidente), Francisco Ferreira de Mesquita Junior, Francisco Augusto Gomes da Cunha, Joaquim Albano da Cunha Canto e João Francisco de Assis Vieira. Mais tarde, o Sr. Mesquita Junior pede exoneração e, em seu lugar fica o Sr. Jacintho Franklin da Cunha.
Em janeiro de 1892, havendo o pedido coletivo de exoneração, são eles substituídos pelos srs. Francisco de Oliveira Rocha (presidente), Francisco José Lopes Maia, Deodato Cintra, Jose Marcelino da Costa e o dr. Diaulas de Almeida Leite. No mesmo mês entraram mais os srs. Dr. Antonio Lobato V. Lopes e Alvaro Reis. O dr. Diaulas A. Leite, foi substituído pelo Sr. Alfredo de Azevedo.
Em setembro de 1892, novas substituições: srs. Francisco Ferreira de Mesquita Junior (presidente), Bento Ignácio de Alvarenga Cunha (intendente), João Manoel Pereira de Oliveira, David Jose Pereira da Silva, Francisco Octaviano de Vasconcellos Tavares, Joaquim Albano da Cunha Canto, Deodato Serrano Cintra e Jacintho Bueno. Com a morte do Sr. Mesquita Junior e a renúncia do Sr. Bento Ignacio de Alvarenga Cunha, entram os srs. João Clímaco de Souza Ferreira e Bento Jose de Oliveira Rocha.
Em 15 de dezembro de 1891, a edilidade faz menção de pesar, pela morte de Dom Pedro II, ex-imperador do Brasil.

No museu aparece um documento datado de 10 de julho de 1889, quando assume a Diretoria Geral de Obras Públicas, o Sr. Constance Affonso Coelho, se colocando à disposição das autoridades de Itapira.


E outro arquivo, temos a indicação para Alferes em Itapira, já republica (1898) , dos srs Jose Henrique Joaquim de Alvarenga e Henrique Joaquim de Alvarenga.



No blog, Dompedro22, encontramos algumas curiosidades sobre o Imperador deposto. Aqui vou colocar uma delas:
O LIBERAL
Embora não seja reconhecido, dom Pedro II contribuiu bastante para a liberdade de imprensa. No reinado de Dom Pedro II não havia presos políticos, nem censura à imprensa.
A liberdade era tanto que circulava até um jornal pregando a derrubada da monarquia...
Mesmo assim, Pedro II fez questão de manter a liberdade de imprensa, apesar de freqüentemente choverem caricaturas ridicularizando-o com um certo "desinteresse" quanto a assuntos administrativos.
Postado por Dom Pedro II
O povo gostava muito do Imperador. No atentado mencionado no começo da matéria, vemos a atitude de reprovação de todos que estavam no local. Sua Majestade enfrentou vários problemas no final de seu reinado, mas aquilo que pesou mais, sem dúvida foram as idéias iluministas. Principalmente pela ala militar do Império. Deodoro da Fonseca era amigo de Dom Pedro. Deve ter sido uma decisão difícil ter que prender a família real e enviá-la para Portugal á noite.
Em Itapira, a edilidade não se escandaliza com o fato. Para o povo não muda nada. A declaração republicana mantém todos os compromissos e vai governar por um tempo (República das Armas) até à passagem do poder para um civil.

FONTES: Atas da Câmara de Itapira de 14-5-1888 à 17-6-1892; Album de Itapira de J. Caldeira, 1935; http://www1.uol.com.br/rionosjornais/rj02.htm; http://dompedro22.blogspot.com/ ; http://www.brasilescola.com/historiab/proclamacaodarepublica.htm.

CULTURAL

Foi feito um hino à república, de uma beleza sem par:

HINO DA PROCLAMAÇÃO DA REPUBLICA
Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!


Autores: Jose Joaquim de Campos da Costa de Medeiros(letra) e Albuquerque e Leopoldo Miguez (musica)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

ESCOLA DO MUNICIPIO VISITA O MUSEU

Nesta tarde, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Izaura da Silva Vieira, conduziu um grupo de 20 alunos da 4o ano, para uma visita no museu histórico, sendo o objetivo da visita " ampliar o conhecimento histórico dos alunos". Recebi-os, explicando sobre o acervo. A professora que representou a Escola chama-se Camila Cristina da Silva. Foi até rápida a visita, mas eles puderam ver e perguntar sobre as peças.

SENAC - ITAPIRA VISITA MUSEU HISTÓRICO

Na data de hoje, recebemos a visita dos alunos do Senac de Itapira. Estavam em 11 pessoas. O Professor Cristiano Florence os acompanhava e pude explicar um pouco sobre a missão do museu. Fiz uma breve explanação sobre a história de Itapira e seus habitantes, pedindo que procurem conhecer mais sobre a história deles mesmos, para entenderem o porque da cidade ser como é. Eles fotografaram os ambientes e, eu também. Abaixo vão as imagens da visita.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

NOVAMENTE UMA ESCOLA DE MOGI MIRIM VISITA O MUSEU

No dia de hoje, recebemos a visita da EMEB Prefeito Adib Chaib, de Mogi Mirim. Foram alunos de 4ª séries, totalizando 26 educandos e duas professoras. São elas: Débora Viviane Manêra e Juciany Bertolini Silva Toledo. Eles foram recebidos por mim e, pelo Fedelis Trani. Todos bem comportados e tranqüilos. Nas professoras, uma simpatia só. Todos perguntaram sobre o acervo e o uso daquelas coisas. Muitos fotografaram os ambientes. Durou mais ou menos 20 minutos cada visita, porque dividimos o grupo em dois. Abaixo vão as fotos.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

VISITANTES DO BLOG

Continuo feliz. O meu blog bateu o numero de 5.000 visitas. Acredito que ele está ajudando quem quer conhecer um pouco da história da cidade de Itapira. Obrigado mais uma vez pela leitura do blog. Abraços

domingo, 16 de outubro de 2011

MULHERES, MUSEUS E MEMÓRIAS




O tema acima faz parte de uma atividade que o IBRAM - Instituto Brasileiro de Museus faz na primavera brasileira. Este ano de 2011 foi a 5ª Primavera dos Museus. Em todo o país, os muitos museus, fizeram atividades abordando o tema. O Museu de História Natural também participou com uma exposição de telas. O Museu Histórico por estar sob ações museológicas, está impedido de fazer exposições, por enquanto.
Mas, isto não me impede de escrever à respeito das mulheres de Itapira. Já escrevi em separado sobre algumas e, hoje vou procurar mostrar quem foram e o que fizeram pelo município. Obviamente, daquelas que tem suas memórias registradas no Museu Histórico.
Vamos começar com uma visão mais abrangente da situação do papel da mulher na sociedade brasileira. Localizando trabalhos e teses na internet, aparece um trabalho da Professora Zélia Maria Mendes Biasoli-Alves1, da Universidade de São Paulo, onde pontua as mudanças ocorridas na sociedade no final do século XIX até o ano de 1980. Tanto a sociedade como as religiões, andaram de mãos dadas para proteger e formatar o papel da mulher. Comportamento, desejos e objetivos de vida. A mulher sempre era envolvida em uma atitude dócil e obediente. Não que tudo tenha mudado para todas, pois, mesmo em nossos dias, ainda subsiste o pensamento idealizado de proteger a mulher. E quem tem que ser protegida, deve ficar isolada, distante de situações e pessoas que possam lhes fazer modificar sua liberdade. A autora menciona no texto o seguinte:

“ ... Assim, a transformação pode ser vista como acelerada e também lenta, na dependência do referencial temporal que se utiliza. Nessa ótica, pode-se afirmar que valores tradicionais como “Respeito”, “Obediência”, “Submissão”, “Delicadeza
no Trato”, “Pureza”, “Capacidade de Doação” e “Habilidades Manuais”, que foram considerados atributos fundamentais e definidores da “boa moça” até meados do século XX, são “passados para trás”, o que significa “deixar de estar na linha de frente” da educação da menina/moça, permanecendo,
sem dúvida, de forma “encoberta”, enquanto a mulher conquista o direito à escolarização e a exercer atividades profissionais diversificadas....”.

A questão da mulher estudar e trabalhar, na maioria das vezes, só veio aperfeiçoá-la para as tarefas do lar. O homem nada pode fazer para evitar que a mulher conquistasse espaços na sociedade e na família. Houveram aquelas que extrapolaram seu espaço e tempo, como é o caso de Odette Coppos, objeto de pesquisas anteriores. E assim foi em todo o Brasil, mudanças sociais e, determinadas mulheres à frente de seu tempo.



Vista parcial de Itapira em 1881

É intrigante como quase todos os historiadores falam dos feitos dos homens de Itapira e quase nada se escreve sobre as mulheres. Será que as esposas dos fundadores da cidade não tiveram nenhuma influência sobre os acontecimentos? E as esposas dos grandes políticos e empresários? O professorado e instituições para a educação, revelaram ou não, um feminino aguerrido? O nome de dona Carmen Ruette de Oliveira, por exemplo, está na memória de todos os itapirenses. Mesmo assim, é possível ao reler livros históricos, encontrar diversas moças e senhoras do município que se colocaram em destaque, como profissionais liberais ou modeladoras de movimentos sociais. Aqui, presto meu reconhecimento à beleza da mulher itapirense, beleza esta que é vista das mais jovens às de mais idade .

No site do Dr. Freitas, História de Itapira, acabamos conhecendo diversas mulheres e da sua contribuição para Itapira. Mais adiante vou colocar textos que as homenageiam. Nos textos de João do Norte, do mesmo modo, Torrecillas conta sobre inúmeras delas e sua contribuição. Jácomo Mandatto, igualmente, fala de senhoras e senhorinhas da antiga Itapira.


No livro de J. Caldeira, Album de Itapira, encontramos em ordem cronológicas as seguintes mulheres:


1858 – Thereza Gertrudes do Carmo – Diretora da primeira escola particular
1858 – Elisa Carolina de Toledo Dantas – Diretora da primeira escola pública
1916 - Maria de Souza Ferreira – inaugura um jardim de infância
1917 - Inauguração do Club Ideal – dirigido só por mulheres: presidente: Prof. Maria de Labre França/ vice-presidente, Dona Izaltina Vieira / Secretaria, Prof. Alice Fonseca/ Oradora, Prof Glorinha Rocha / Tesoureira, Dona Cacilda Ferreira /Procuradoras: Prof. Ismenia Cintra e Senhorinha Jacyra Fonseca
1917 – Prof. Lucilla Vasconcellos e Anna de Oliveira, fundam a Escola Modelo Particular
1922 – Prof. Maria Angélica Xavier Ferreira, funda a primeira escola de datilografia
1922- Inaugurado o Colégio Coração de Jesus, dirigido pela Irmãs das Escolas Cristãs
1927 – Colégio São José, dirigido pela Prof Tharcilia Pinheiro
1930 – Colégio Santo Antonio, dirigida pelas Irmãs Missionários de Jesus Crucificado
1934 – Georgina do Carmo Alvarenga Moraes, atuou como encarregada do Cemitério Municipal, bastante elogiada por seu desempenho.

Na Escola Julio Mesquita e escolas isoladas vemos:






ODETTE COPPOS conta......
Irmã Angelica Maria, contou que trabalharam no atendimento aos feridos, os doutores Hortêncio Pereira da Silva, João Cunha e Névio Bicudo; os enfermeiros: Therezinha Fonseca, Domingas Bueno e Thereza Sarri. Toda a medicação era manipulada na Santa Casa. Antibióticos e soros eram desconhecidos. Como o atendimento aos feridos se tornou elevado, os farmacêuticos Antonio Serra e Aquiles Galdi, permaneciam todo o tempo na Santa Casa, que era composta de um pavilhão central, casa das Irmãs, dois pavilhões menores para homens e mulheres, a sala de operações e mais três quartinhos particulares. Atravessava a Instituição tempo de penúria. Com a vinda do Dr. Mario Franca, do Rio de Janeiro, bondoso e humanitário, comprou várias camas e outros móveis para os atendimentos. Do primeiro combate, a oito quilômetros de Pouso Alegre, atenderam mais de trinta feridos e oito mortos. A maioria eram jovens de famílias da sociedade, de boa aparência e nenhuma experiência de guerra. Foram cortados, no meio do mês de agosto, a luz elétrica e o telefone. Os federais queimaram toda a roupa do Hospital e levaram todo o material cirúrgico. Com a tomada de Itapira, fomos todos chamados a ir para Campinas. Os canhões se aproximavam do centro. Aviões bombardeavam Barão Ataliba Nogueira, Eleutério,o Tanquinho e o próprio centro da cidade. Quando voltaram no final de setembro para a Santa Casa, encontraram tropas federais ainda instaladas que permaneceriam mais um mês no local.

Dona Isabel Rocha Salgado (Nenê Rocha) – Foi administradora do Matadouro Municipal e, segundo Odette, única mulher no Brasil a exercer aquele cargo. O Matadouro existiu onde hoje é a Rodoviária Municipal. Dona Nenê, deu um depoimento à Odette em 1983 sobre a história dela no Matadouro.


Hoje, no local da fotó está a Rodoviária Municipal.


João Torrecillas descreve:

Dona Gina Deviés Zonino, de nacionalidade inglesa, que por muitos anos fez vir ao mundo inúmeros itapirenses. Ganhou o apelido de Gina Parteira, profissional utilíssima num tempo em que todos nasciam em suas residências. Era uma alegria vê-la fazendo bem seu trabalho, mas junto com ela, a morte entrava junto. Muitas mães morriam nessa hora, não por culpa de Dona Gina, mas pela precariedade do começo do século XX.

Dona Ione Sartini de Oliveira Leite, atuou com muito amor e consideração pelos seus semelhantes. Morreu aos 25 anos de idade, deixando uma filhinha em tenra idade. Toda a comunidade sentiu bastante o acontecimento.

Dona Celencina Caldas Sarkis, benemérita e sempre ligada às causas juvenis, foi saudada por Itapira, tendo seu nome eternizado em uma instituição que era sua alma.

No arquivo do Dr. Freitas, iremos conhecer as mulheres contemporâneas:

Maria Cândida Galizoni
Dona Maria Cândida casada com Pedro Bertini, dedicou pelo menos 50 anos de sua vida à criação dos filhos e agora com 70 anos, resolveu ocupar seu tempo à pintura. Sua sobrinha Simone Bertini Brandão foi sua grande inspiradora tendo descoberto um grande potencial da tia na arte da pintura em telas. De lá para cá (2008), iniciou sua carreira artística, tendo já perto de 50 obras. "Quero que as pessoas saibam que me sinto como se tivesse 18 anos, estou vivendo uma paixão pela pintura, é uma terapia maravilhosa" diz D. Cândida
Sidinéia Nogueira
Maria Sidinéia Puggina de Freitas, é itapirense, filha do casal Bernardo Puggina e Sebastiana de Lima. É casada com Décio Nogueira de Freitas
e vem desde há muito tempo evoluindo sua sensibilidade nas artes plásticas. Tem inúmeros quadros a óleo sobre tela produzidos e já expostos em muitos ambientes culturais. Em 2003 deixou sua marca registrada quando da inauguração da "Rosa Rose Modas", situada no "Comercial Sarkis Center". É detentora de uma lisura sem igual e da “nobre” humildade, que caracterizam pessoas com o dom que ela possui.


Elisabeth de Castro
Exposição das obras óleo sobre tela de Elisabeth na Casa da Cultura de Itapira. Nesse dia executou mais de 30 telas de pessoas de vários segmentos da sociedade. É membro da AILA-Academia Itapirense de Letras e Artes. Possuidora de muitas qualidades, que a tornam uma mulher fascinante. No museu histórico há uma grande e bela tela, homenagem ao Capitão Bellini, feita por ela.
Marina Mendes
Marina não é itapirense, mas está radicada aqui há muito tempo. Vencedora por diversas vezes do prêmio instituído por Lília em Itapira, essa artista plástica merece elogios sinceros e nas palavras de Lília tem expressividade maior as telas sobre óleo com diferentes texturas e material novo. Dessa maneira a “Igreja de Ouro Preto”, a “Pousada dos Imigrantes” (Santos), a “Igreja da Estrada da Fazenda do Salto”, a “Matriz de Nossa Senhora da Penha”, demolida em 1955 e muitas outras que se perfilam pelo ateliê repleto de lindas obras em tela...Ali estão presentes as suas telas com motivos floridos, uma delas tendo recebido a medalha de ouro em Serra Negra com o título de “Casario da Estrada de Amparo”. Produz inúmeras cópias de paisagens. Assim vê-se também por ali “Paisagens do Rio”, “Praia do Forte de Santos”. Equilibra os tons, matizando-os nos padrões artísticos mais requintados
Creusa Tofanello
Creusa Tofanello é itapirense, filha do casal Pedro Tofanello e Maria Conceição Alves.Tem se dedicado às artes e a pintura é um dos destaques de sua sensibilidade.

Leonor Rodrigues Gomes Lopes
Leonor Rodrigues Gomes Lopes, (viúva de Anísio Lopes que era funcionário do então Posto de Saúde do Parque “Juca Mulato”) onde hoje funciona o PPA Central, é itapirense e conforme Lília, começou a se interessar por pinturas em porcelanas e depois para tela desde 1974. Teve seu mestre no professor Clóvis Pescio (catalogado) e Maria Tereza Vilela (Campinas) Teve cursos sobre artes plásticas por mais ou menos 4 anos e acabou por produzir sensíveis e lindas obras a partir de então.Leonor se espelha nos ambientes e formas ecológicas, da natureza morta. Suas telas à óleo exibe com maestria e bom gosto copos de leite gigantes, rosas com três botões, hortências, “Rosa Única”, “Duas Rosas”, “Lavadeiras”, “Girassóis”, “Antúrios”, “Veneza” “Afros”, etc. Possui em seu acervo inúmeras miniaturas em porcelana. Diz Leonor à Lília que em um ano pintou 76 telas, na época que perdeu seu filho Anísio Lopes Filho. . É membro da AILA-Academia Itapirense de Letras e Artes.

Elenyr Boretti
Itapirense, nascida aos 29 de maio de 1919, filha do casal Clodomiro Boretti e de Luigia Casarini. Pertence ao clã dos Boretti, tradicional família de nossa cidade. Casou-se com o dr. Natanael Ferreira Nobre, advogado (1914-1997) e teve as filhas Maristela e Maria Lucia Ferreira Nobre que é casada com o dr. Rubens Falco Alati, também advogado. Elenyr há mais de 50 anos vem se dedicando a pintura de telas, porcelanas, e toda sorte de material que possa servir para apor sua sensibilidade artística. A partir de um certo estágio de sua vida, por volta de 1990, começou, como soe acontecer com todo mestre, a ministrar aulas. Muitos alunos itapirenses puderam absorver com técnica e desenvoltura e sensibilidade toda sorte de ensinamentos da professora Elenyr Boretti. Elenyr sempre demonstrou tendências para as atividades artísticas de um modo geral. Teve aulas durante 3 anos com o famoso artista plástico Durval Pereira. Diz que foi muito difícil conseguir se matricular na escola do sr. Durval, já que ele não tinha mais vaga para alunos de pintura e que seu ateliê não tinha mais espaço para abrigar as obras produzidas. Como muito jeito e a pedido de outras alunas, conseguiu seu intento. De lá para cá só viu crescer suas habilidades com uma rica produção de telas e outras obras artísticas.Há mais de 50 anos vem ministrando suas aulas a uma plêiade de alunos, hoje já famosos tal e qual a mestra. Tantas foram as suas produções e suas exposições que hoje fez escola tendo inúmeros alunos sobejamente conhecidos em nossa cidade. Muitos desses discípulos de Elenyr já tendo expostos suas telas com muita maestria beleza e sensibilidade. Cada um em seus estilos próprios buscou na mestra Elenir os passos básicos para elaborar suas virtudes artísticas. Tem produzido maravilhosas peças de porcelana de cujas pinturas sobressaem a leveza e as cores em matizes. Suas telas emolduram residências de vultos famosos tais como D.Carmem Ruete, em Itapira, Cely Campello, famosa cantora dos anos 60 de São Paulo e muitos outros. Apenas para lembrar, mais de uma centena de alunos receberam orientações e aprendizado sobre arte de Elenyr. Seria impossível, diz Elenyr, lembrar-se todos e como uma pequena amostragem cita-se: Angélica Moises, Marina Clara Vieira de Godoy, esposa do atual prefeito Antonio Helio Nicolai, Maria Marcatti, Andréia Stevanatto, Sonia Boretti, Neia Carvalho, Fany de Mello Sartori, esposa do Dr. Mello (de saudosa memória), Lina Ribeiro, Andréia Bataglini, Ana Carolina Campana, Paola (neta de Elenyr) José A.Tenório, Rosangela Pavinatto, Valéria Fochesatto, Marina Mendes, esposa de Alberto Mendes, Larissa Riberti, Cibele Oliveira, Ivone Pompeu, Elaine Alcici... Sua casa é um verdadeiro ateliê e pode-se admirar por todos os cômodos, dezenas de telas, pinturas em porcelana e medalhas outorgadas em exposições em várias cidades brasileiras incluindo São Paulo. As imagens abaixo dizem melhor dessas plenitudes. Obras à óleo sobre tela, compondo lindas “rosas. Os marítimos”: um deles premiado com medalha de ouro em São Paulo, outros com medalhas de prata e menção honrosa..., personagens solitários testemunhando uma solidez de estilo diferenciado, De outra tela extraímos um saudosismo de ambientes, de calmarias, lembrando um passado remoto, com pouco movimento e deixando o julgamento para aqueles que podem ver fundo a psicologia do descanso. Impossível penetrar nesse mundo e caracterizar tudo apenas com a palavra. Os sentimentos não encontram expressividade para esse mergulho e fica para o nosso íntimo recolhimento a reflexão do admirável mundo interior. Dizia São Thomaz de Aquino: “O belo é tudo aquilo agrada a visão”, Acrescento que não há como perceber o belo, sem a participação do outro. Ambos, na plenitude da admiração contemplam em uníssono o ruído do silêncio. A arte se encontra aí incrustada na leveza dos momentos mais sublimes e das mais nobres introspecções da alma. Elenyr Boretti, é uma dessas artistas que transcendem as expectativas do mundo real para se permitir ser iluminada e brilhar eternamente na posteridade. Boníssima, bem humorada, sorridente, sempre deixando transparecer uma felicidade e uma paz inesgotáveis. Fala de suas obras como se falasse de seus filhos e as memórias, ressoam em suas adrenalinas num gotejar constante de suas lembranças. Apraz-nos ouví-la e senti-la ainda como uma criança, tal a sua vibração por ter produzido com tanto carinho milhares de obras artísticas. Reverenciamos sua personalidade artística e nos colocamos em posição de respeito e gratidão por ela ter brindado Itapira com a majestade de sua presença há mais de 50 anos.

Maria Aparecida Vitta Maya
Maria Aparecida Vitta Maya quando entregava seu livro "O Naufrágio da Barca Sétima" à imortal escritora
Nélida Pinon, quando Presidente da Academia Brasileira de Letras e a cópia da capa do livro "O Guarda-Noturno da Literatura Brasileira - Vida e Obra de Joaquim Osório Duque Estrada"
Maria Aparecida Vitta Maya, itapirense, filha de Ary Duque Estrada Maya e de Michelina Vitta, autora do livro “O Naufrágio da Barca Sétima”, lançado em 18 de Abril de 1997. O livro de Maria Aparecida é uma obra de ficção e realidade, onde retrata o naufrágio em que pereceram 28 crianças e um adulto. O pai da escritora, Ary Duque Estrada foi um dos sobreviventes. Tinha ele na época do acidente em 1915, 10 anos de idade.Essa obra relata com precisão a história do Brasil no contexto da guerra do Paraguai. A autora lançou recentemente em 1º de outubro deste ano de 2009, em comemoração dos 100 anos da letra do HINO NACIONAL"O Guarda-Noturno da Literatura Brasileira - pela Editôra G.Ermakoff Casa Editorial com co-edição da Academia Brasileira de Letras. Maria Aparecida pertence a uma estirpe linhagística das mais importantes do Brasil, vindo de uma família brasonada e repleta de personalidades ilustres, gal. Herbert Maya de Vasconcellos. Joaquim Osório Duque Estrada (autor do Hino Nacional). Era tio-avô de Maria Aparecida Vitta Maya. No lançamento dessa tão importante obra, Maria Aparecida orgulha-nos ao vê-la aquí nesta foto com a imortal escritora Nélida Pinon quando ainda presidente da Academia de Letras em 16 de setembro de 1997, durante o lançamento do livro “Testemunho Político” do jornalista Melo Filho, prefacista de seu livro

Irsemes Wiesel Benedick
Poeta e crônista. Nasceu em Santa Bárbara do Oeste, SP, mudou-se para Capivari, radicando-se em Itapira no ano de 1958. É portanto uma itapirense de coração, onde residiu durante 25 anos na “Usina Nossa Senhora da Aparecida”.É autora, entre outros cantos, do “Hino da Coroação de Nossa Senhora”, em homenagem à Santa Padroeira do Brasil e da Usina de Itapira. Secretária-geral da “Academia Itapirense de Letras e Artes”, sócia-correspondente titular da “Academia de Letras da Mantiqueira” (cadeira número 41 – patrono Monteiro Lobato), membro honorário da “Academia de Letras Menotti Del Picchia” e do setor de Campinas do “Movimento Cívico Brasileiro”.
Colaboradora do jornal “Tribuna de Itapira”. É detentora ainda da Honraria “João Ramalho”. Participou das I, II e III Coletâneas da Editora Komedi 1999

Helô Bueno de Moraes
Natural de Itapira, SP Nesta coletânea Komedi, representa versos soltos e o poema “Pecados”, de seu livro “Pincelando, Diálogo Entre Vento e Bambu é inédito e foi escrito durante curso Equilíbrio entre espiritualidade e vida prática promovido pela Brahma Kumaris, no Sítio Serra Serena, em Janeiro de 2005








Odete Coppos

Escritora, historiadora, poetisa e compositora desde os 7 anos de idade. Detentora de muitos troféus, congratulações de Câmaras Municipais (Olímpia, Itapira, e Baependi), diplomas de Academias de Letras (Piracicaba, Campanha – MG, Imperatriz, MA e Bela s Artes – RJ, tendo 40 títulos editados e distribuídos em todo território nacional e alguns países estrangeiros; participante de muitas Antologias. Africanóloga, patrocinou durante 25 anos as congadas de Itapira, tendo escrito muito sobre esse tema.Como museóloga contribuiu muito para a formação dos Museus de Caxambu e Campanha, MG e Mogi Mirim, Mogi Guaçu, SP.Pertence à Société Académique de Arts Liberaux de Paris e à “Academia de Letras Menotti Del Picchia”.
Suas obras: As Congadas (Folclore), 1971, A outra Face da Society – contos, Ser Mãe – poemas, Amor e Poesia – poesia, Memórias de um apartamento – romance, Depoimento de uma Desquitada – 1ª edição, em versos, Depoimento de uma Desquitada, 2ª edição, em prosa, "Saravá Satanás" – poema, "Hino de Louvor à Madre M. Evangelina" – poema, "O Coro da Penha de Itapira"– poema, "Bagageira de Ilusões" – poesias, "Guia de Turismo de Itapira" – Guia de Turismo, "Carinhosa Mensagem a Caxambu" – Mensagem sobre a criação do Museu de Caxambu, em 27 de setembro de 1970, "Guia Sentimental de Campanha", "Folhetim" (A título de Esclarecimento), "70 Anos de Poesia" - 1993, obra dividida em "21 cantos". "O Livro de Itapira", 1995, "A Revolução Constitucionalista de 1932 (Setor Leste)", 1996, "Da Dove Veniamo – Emmigrazione" (co-autores Artesão – Wall Zanovello e Esposa Dona Santina; Teatrólogo – Riziere Briantti) 2ª edição – 1997 e "Encontro de Talentos", escrito em conjunto com Adilson Bosso e Thiago Menezes, editora João Scortecci, ed. 1994. As referências sobre Odete Coppos vão desde 1959 e até hoje, já octogenária, se mantém-se firme e ativa, produzindo obras literárias de imenso valor para a cultura em nossa cidade.

Nadalete Maria Frassetto Gomes
Nadalete Maria Frassetto Gomes, era filha de Atílio Frassetto e D. Lilia Bartolomai. Graduada em Matemática, Física e Desenho Geométrico pela PUC - Campinas, e em Pedagogia e Administração Escolar pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ouro Fino - MG. Foi docente nas escolas Elvira Santos de Oliveira, Antonio Caio e Anglo, em Itapira, diretora na escola Pedro Rafael da Rocha, em Santa Gertrudes. Nesse livro sobre a "Famiglia Frassetto", Nadalete procura fazer uma narrativa da família desde quando Celeste e Giuseppina seus bisavós, deixaram a Itália e rumaram para o Brasil. É o relato de uma aventura onde o medo, as expectativas, sofrimentos e alegrias que impressionam e surpreendem o leitor a cada linha escrita. É uma história repleta de amor e dedicação à família, de trabalho, de religiosidade, responsabilidade e acima de tudo o empenho na crença, transmitidos de geração para geração.

Maria Odete Bianchi
Maria Odete Bianchi, filha de Romualdo Bianchi e de Maria da Conceição Barbosa era uma daquelas meninas irrequietas e inteligentes.Tinha desde cedo o talento artístico e musical e passou a ser chamada de “a Cantora Namorada da Cidade”. Com sete anos de idade, começou a se apresentar no programa artístico-musical que era realizado no Hospital Psiquiátrico Américo Bairral, aos domingos das 9 às 11 horas, acompanhada pelos conjuntos “Melódico” e “Todos os Ritmos”. Esses conjuntos musicais tiveram a colaboração impoortantíssima de João Torrecillas Filho, Ailton Riberti e Tocha. Esse programa era transmitido pela rádio Clube local. Estreou com a música “Não, Nana”. Foi um sucesso! Dotada de estilo próprio, e despida de vaidades, era sempre aplaudida por todos que lotavam o cine-teatro que tinha a capacidade para 1.300 pessoas. Em 1959 Maria Odete se transferiu para São Paulo, onde suas qualidades como cantora foram melhores aproveitadas.Alcançou o primeiro lugar entre os calouros no Programa “Toddy” de Hebe Camargo no canal 5, tendo sido portanto contratada por essa emissora.Apresentou-se também como tele-atriz.Em 1961 conquistou o “Roquete Pinto” e em 1966, no II Festival da Música Popular, a cantora de “Levante” teve sua consagração nacional ao defender a composição de Caetano Veloso um dos nomes mais respeitados na moderna música brasileira A partir daí desenvolveu suas aptidões artístico-musicais, tornando-se uma cantora profissional, para o seu engrandecimento, do Hospital Américo Bairral, de sua gente e de sua pátria.



Denise Dumont
Denise Dumont, cujo nome verdadeiro é Maria José de Avelar, também estreou no programa domingueiro do Hospital Américo Bairral. Em pouco tempo passou a ser aclamada e sua fama cada semana aumentava mais. Muito alegre, expansiva, simpática com muito bom humor era também dotada de grande sensibilidade artística. Tornou-se logo uma grande alegria aos ouvidos dos assistentes e ouvintes da Rádio Clube local. Logo, logo, transferiu-se para São Paulo devido ao grande sucesso alcançado em Itapira. Levou consigo muita experiência em sua bagagem artístico-musical. Depois de trabalhar durante anos em diversas emissoras, em 1966, em concurso patrocinado pelos “Diários Associados”, foi classificada como “Rainha dos Artistas”. Logo após recebeu o troféu no concurso entre aos dez melhores cantores do Brasil, promovido pelo canal 9. Sempre crescente, sua fama nos meios artístico e musicais, rendeu-lhe homenagens e muitos aplausos por todo o Brasil.






LILIA APARECIDA PEREIRA DA SILVA

Poetisa, Advogada, Psicóloga, Jornalista, Pintora, Tradutora, Romancista, Teatróloga, Contista e Historiadora infantil. Filha do médico e ex-prefeito de Itapira, D. Hortêncio Pereira da Silva, itapirense legítima, iniciou sua carreira na capital de São Paulo, partindo daí para o mundo. Mantém acervos em diversos países da Ásia, África, Europa e no continente Sul-Americano. Escreveu mais de 100 livros e continua ainda sua produção cultural.

Jacomo Mandatto escreve:

Entrevistei a Professora Suzana Pereira da Silva, nascida numa casa da Rua José Bonifácio. Ela acaba lembrando de vários imóveis e moradores. Nascida em 1913 foi uma importante formadora de caráter e educação para Itapira.

A mãe do Sr. Plinio Magalhães da Cunha também é lembrada por Jacomo, uma vez que atuou com brilhantismo na escola Julio Mesquita.
FONTES: História Ilustrada de Itapira, de Jacomo Mandatto; Album de Itapira, de J. Caldeira; Jornais A Cidade de Itapira, crônicas de João do Norte; Sites: pt.wikipedia.org/wiki/Museu; www.sfreinobreza.com/introducao04x.htm; http://www.scielo.br/pdf/ptp/v16n3/4810.pdf; http://pensador.uol.com.br/poesias_ou_poemas_sobre_mulheres_fortes/


CULTURAL

"Mulheres são como maçãs em árvores.
As melhores estão no topo.
Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão,
que não são boas como as do topo,
mas são fáceis de se conseguir.

Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas,
quando na verdade, eles estão errados...

Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar,
aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore."
Machado de Assis

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

VISITA ESCOLAR NO MUSEU

Hoje, recebemos a visita da Escolinha Palhacinho de Ouro de Itapira. Escola com muita historia bonita, pois, existe a muitos anos. As diretoras como as professoras e atendentes, sempre são simpáticas ao extremo. Gente boa. Falo porque conheci a escola, quando fiz meu estágio de Pedagogia lá. Fui muito bem recebido e orientado. Pude ver a preocupação delas com a "excelência" no ensino e cuidados com os pequenos. A criançada viu tudo no museu, perguntou tudo o que tinha direito e, eu, fotografei. As professoras Walquiria e Priscila acompanharam o grupo com 22 alunos (5 ano do Infantil II). Só tenho a agradecer pela visita que foi muito descontraida.


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O LIVRO DOS MORTOS DE ITAPIRA


Cemitério Municipal de Itapira atualmente....



Quando fiz a matéria sobre a Revolução de 1932, colhendo os nomes de soldados que foram enterrados no Cemitério Municipal, deparei com muita coisa interessante sobre os falecimentos em nossa cidade. Parece mórbido, mas é uma realidade de qualquer comunidade. Nós, os cultuamos, erguemos lápides, mausoléus, prestamos o último adeus em cerimônias bastante parecidas. A dor da perca é que pode ser maior ou menor. Minha pesquisa se coloca num período de 15 anos, entre 1923 e 1938, que nos leva a conhecer o que ceifou mais a vida dos itapirenses, nativos ou não. Os nomes das famílias que já vivam aqui e, outras curiosidades. Os livros vieram do Cemitério como empréstimo para consulta e estão em muito bom estado de leitura. Por outro lado, também pesquisei sobre o que matou mais pessoas em nosso Estado naquele começo do século XX e, não foi diferente em nosso chão.
As condições de higiene, o poder aquisitivo, a falta de informações.... muitos vetores contribuíam para que nossos parentes perecessem de males que hoje são perfeitamente curáveis ou passíveis de controle.
Falando em cerimônias, João do Norte menciona em uma das crônicas: " ...que o cortejo seguia pelas ruas do centro, atingindo o Morituris, sendo que durante o trajeto, a Matriz fazia badalar o sino, emprestando à cerimônia, o respeito que todos deviam ao morto. A Banda Lira ia executando marchas fúnebres em honra ao falecido...".



Itapira em 1920





Quadra de Tênis, junto ao Parque Municipal em 1934.



Naquele começo de século, o Estado de São Paulo, enfrentava várias moléstias, que exigiram das autoridades sanitárias um esforço hercúleo para entendê-las e debelá-las. Já, em 1892 é criado o Instituto Bacteriológico, pelas mãos de Adolfo Lutz e, em 1931, o Governo cria o Instituto Butantan, ambos destinados as pesquisas bacteriológicas. Naquele momento o Diretor da Saúde Pública, Emilio Ribas, faz diversas campanhas sanitaristas no interior do Estado de São Paulo contra a Febre Amarela. Os cientistas Artur Neiva, Adolfo Lutz e Vital Brasil vinham desenvolvendo pesquisas nas áreas de bacteriologia e microbiologia. Em 1916, com a chegada da Fundação Rockefeller(Americana), São Paulo ganha um grande impulso na pesquisa,tratamento e profilaxia contra as epidemias que assolavam a gente paulista. A implementação de programas e políticas, vão ocorrer nos governos de Altino Arantes (1916-20), Washington Luís (1920-24), Carlos de Campos (1924-27) e Júlio Prestes (1927-30) apoiaram integralmente as ações do Serviço Sanitário nas áreas rurais e urbanas do estado. Artur Neiva, Paula Souza e Francisco Sales Gomes Jr. — este último, médico hansenólogo e antigo diretor da Inspetoria de Profilaxia de Moléstias Infecciosas, são nomes bastante lembrados pelas suas atuações no Estado. A imagem de alguns cientistas foram gravadas no dinheiro que o Brasil usou, como reconhecimento pelos seus esforços e vitórias.




Carlos Justiniano Ribeiro Chagas (Oliveira, 9 de julho de 1878 — Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1934) foi um médico sanitarista, cientista e bacteriologista brasileiro, que trabalhou como clínico e pesquisador




Oswaldo Gonçalves Cruz (São Luiz do Paraitinga, 5 de agosto de 1872 — Petrópolis, 11 de fevereiro de 1917) foi um cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro



Vital Brazil Mineiro da Campanha[1] (Campanha[2], 28 de abril de 1865 — Rio de Janeiro, 8 de maio de 1950) foi um importante médico imunologista e pesquisador biomédico brasileiro, de renome internacional.




Em Itapira, as doenças eram as mesmas, sem falar das tragédias. Folheando os livros do Morituris, deparei com as doenças/acontecimentos que mais ceifaram as vidas de nossos conterrâneos. A seguir vou enumerando:

1- COLAPSO
2- CÓLERA
3- FEBRE
4- VOLVULOS
5- CACHEXIA
6- PALUDISMO
7- SENILIDADE
8- SUICIDIO



Em 1923, procurei separar por nome de doenças/causas, por idade e por gênero. Nesse ano, faleceram 25 mulheres e 33 homens. Lembro que, são aqueles que foram sepultados no Morituris.

As idades registradas vão dos 11 até 115 anos de vida. Quase 40% abaixo dos 30 anos de idade , e 16 pessoas nesse mesmo ano, levadas ao cemitério, tinham mais de 100 anos, ou seja, 28%. Seria, se fosse hoje, quase 20 mil idosos. Comparando.


ACIDENTE
AFOGAMENTO
ANEURISMA
ANTRAX
APOPLEXIA
ARTEREO ESCLEROSE
ASFIXIA
CACHEXIA
CANCER
COLERA
COLERINA
ECLÂMPSIA
ENFORCAMENTO
ENVENENAMENTO POR VIBORA
ESMAGAMENTO
FAISCA ELETRICA
FEBRE
GRIPE
HOMICIDIO
INANIÇÃO
INANIÇÃO POR VOMITOS
INTOXICAÇÃO POR CREOLINA
LESÃO MITRAL
LOUCURA
MAL DE PARKINSON
MAL DE BRIGHT
MALÁRIA
MARASMO
PARTO
PNEUMONIA
QUEIMADURAS GENERALIZADAS
SENILIDADE
SUICIDIO
TIFO



João Torrecillas, nas crônicas, pontua a preocupação da cidade com as epidemias: Um surto de diarréia aguda, foi evitada com a criação de uma milícia protegendo as fronteiras da cidade. Usando armas de fogo, impediam a entrada de vendedores de melancias. A biquinha da Estação, foi fechada, contra a vontade da população, mas a água estava contaminada com o vibrião do Cólera. Outra doença, que provocava febre alta, espasmos e a morte, contagiosa, foi impedida pelos soldados da cidade, que tinham autorização para atirar em quem desejasse entrar na casa de um enfermo assim.

Não que aquelas doenças foram erradicadas, mas hoje, há uma grande preocupação com higiene pessoal e do meio ambiente, como dos alimentos e bebidas, além dos tratamentos muito eficientes.

Separei também nomes que são diferentes dos demais: o sobrenome "de Jesus", participa de quase a metade dos mortos no periodo de 1923 à 1938. Aqui vão outros: Enispero Riberti, Pasquella Netta Crico, Eyrila Garcia Peres de Souza, Solidia Mancini, Delek Miato, Felicissima Alves, Romana de Souza, Eribéia Riberti, Maria Espingarda Capra, Justa Fernandes, Amério Pery Indio do Brasil, Felicidade Esteves Rodrigues Fernandes, Joana Casseta Franco, Elveria Mega Sanseverina, Electra Roni e Rita Preta. Claro que, a pessoa que escreveu os dados no livro, pode ter se equivocado e entendido dessa forma.


Aqui está uma relação com nomes de famílias itapirenses ou aquelas que migraram para cá, mostrando a quanto tempo a família está em Itapira. Fui colocando os sobrenomes que conheci e, talvez ainda hoje,muitos de seus descendentes vivam nas terras penhenses:
FAMILIARES ENTERRADOS ANO
BIA BOSO 1923
JOSE PEREIRA DA SILVA 1923
BENEDITA DE SOUZA NOGUEIRA 1923
REGINA SAMOGINI 1923
ALBERTO VIEIRA 1923
SEBASTIÃO PUPO 1923
SALVADOR RIZOLLA 1923
JOSE HENRIQUE DE ALVARENGA 1923
JOAO ALVES DE FREITAS 1923
FRANCISCA ANDRADE 1923
AURELIO MENIGUINI 1923
LUIZ GOLFETO 1923
ANTONIO TREVELLIN 1923
LUIZ PASCHOALIN 1923
MANOEL AUGUSTO DE ORNELLAS 1924
JACOB BOLOGNA 1924
AUGUSTO NICOLAI 1924
ALBINA VENTURINI BONATELLI 1924
CHRISTINA DA SILVEIRA CINTRA 1924
CAROLINA FERNANDES DA ROCHA 1924
JOÃO ERNESTO DE MAGALHÃES 1924
LUIZ MOZZAQUATRO 1924
ANTONIO MORO 1924
CELESTE SECCHO MOMESSO 1924
JOÃO BAPTISTA SABADINI 1924
JOÃO RAMONDA 1924
DOMINGOS CAIO 1924
CYRINO PEREIRA DA SILVA 1924
FRANCISCO CORREA DE ARAUJO 1925
ELIZABETHE AGARBELLA 1925
LUIZ CAVERSAN 1925
JOANNA KALIL SARKIS 1925
ADOLFO PEREIRA DA FONSECA 1925
AMELIA BREDA 1925
EMMIDIO ANTONIO DE MORAES 1925
EUGENIO CESCON 1925
JULIA TREVISAN 1925
ADÃO LOPES 1925
DR WALDOMIRO DE ULHOA CINTRA 1925
JOAQUIM VIDAL BARBOSA 1925
VICTORIA BORETTI MAZZER 1925
EMISPERO RIBERTI 1925
PASCHOAL MARANGONI 1926
BENEDITO COLOSSO 1926
JACINTHO BARBANTI 1926
THEREZA BECHI BAIOCHI 1926
ANTONIO CRICO 1926
LUIZA ZANOVELLO 1926
SEBASTIÃO CUNHA 1926
LUIZ ZANIBONI 1926
LUIZ GOTTI 1926
ANNA BENTA SIQUEIRA 1927
AGNELO DELLA MURA 1927
FRANCISCO SERRA 1927
MOISES BOVO 1927
EMILIO PASSINI 1927
PEDRO PIARDI 1927
BONIFACIO MARCATTI 1927
VICTORIA ZAGO 1927
CARLOS BELLINI 1927
ANGELO FRUCHI 1927
APPOLONIA ANTONELLI 1927
IGNEZ DONATO PIVA 1927
SANTINA RAIMUNDO MARQUES 1927
MARIA MOYSES 1928
PHILOMENA BORETTI 1928
VERONICA BARRETA MIRANDA 1928
SEBASTIANA CAMARGO 1928
HENRIQUE ZACHI 1928
ANGELO ZILIOTO 1928
LUIZA SARTORI 1928
LUIZ ALTAFINI 1928
MARIA CONSORTI 1928
CAETANO FUINI 1928
MARIA FRAZÃO 1928
MARIA FECCI 1928
AMPELIO BRIANTI 1928
JOAO MENDES 1928
FRANCISCO CALIXTO 1928
MARIA PASSARELLA 1928
JOSE FRANCO 1929
JORGE IAMARINO 1929
EUFRASIA CASTELLI GOTTI 1929
PEDRO OLBI 1929
EMILIO SETTI 1929
SERAPHIM LISI 1929
LUIZA MARQUEZINI 1929
JOSE ZANOVELLO 1930
MARIA SCIEVE 1930
BORTOLO BORSOY 1930
ANGELO RAVETTA 1930
CARLOS MARTINS 1930
ANALIA MONEZZI 1930
JOSE LONGHI 1930
THEREZA ZANCHETTA 1930
ANTONIO MENOTTI 1930
JULIO MANDATTO 1930
FERRUCIO DINI 1930
JOÃO JACOB 1931
SERGIO BATTAGLIA 1931
ITALIA DEL-ESTE COLFERAI 1931
JOSE MANOEL PEREIRA DE QUELUZ 1931
AGNOR FRAY 1931
LUIZ FIORDOMO 1932
MARIA FCA RODRIGUES LEITÃO 1932
SANTINA ALTAFINI 1932
MARIA BROTA BROLEZI 1932
PAULINA FORMIGARI 1932
DR NORBERTO PEREIRA DA FONSECA 1932
ERNESTA SOLIANI 1932
FLORINDA CARETTI BIANCHI 1933
SANTIAGO FARACO GALEGO 1933
JULIO CEGA 1933
ANTONIO BISPO 1933
ANTONIO PRETTI 1933
JOANNA MAIATO 1933
EUGENIO PASCHOALIN 1933
SALVINA GATTI 1933
PAULO CARMONA 1933
CAROLINA FERREIRA ADORNO 1933
ANNA LUCA LONGHI 1934
LUDOVINO ANDRADE 1934
LUIZ STEVANATTO 1935
JOAO PANSA 1935
ANTONIO DEL CORSO 1935
ARRUDA GALDI ZILIOTO 1935
PEDRO MOMESSO 1935
PEDRO BRUSASCO 1935
MODESTO MISTRO 1935
QUITILIANO ARRUDA 1935
JOAO BARIZON 1935
ANTONIA SABADINI 1935
ANACLETO MAGALHÃES PEREIRA 1936
SABRINA MANIEZZO 1936
JOSE ROVARIS 1937
CAIO PEREIRA DA SILVA 1937
LUIZA BUTTI 1938


Nesse período, faleceram, 2.940 pessoas, registradas nos livros.O fato que mais chamou minha atenção foram os suicidios. Um número grande para a cidade daquele tempo. Dos 14 até aos 70 anos, infelizmente, eles escolheram abreviar suas vidas. Imagino os dramas pessoais que provavelmente, dariam um livro com suas histórias.


Aqui, descrevo para quem não conhece, doenças contagiosas que singraram no chão penhense:
Cólera é uma doença causada pelo vibrião colérico (Vibrio cholerae), uma bactéria em forma de vírgula ou bastonete que se multiplica rapidamente no intestino humano produzindo uma potente toxina que provoca diarréia intensa. Ela afeta apenas os seres humanos e a sua transmissão é diretamente dos dejetos fecais de doentes por ingestão oral, principalmente em água contaminada.

A malária ou paludismo é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito do gênero Anopheles fêmea. Mais tarde, caracterizam-se por acessos periódicos de calafrios e febre intensos que coincidem com a destruição maciça de hemácias e com a descarga de substâncias imunogénicas tóxicas na corrente sanguínea ao fim de cada ciclo reprodutivo do parasita. Estas crises paroxísticas, mais frequentes ao cair da tarde, iniciam-se com subida da temperatura até 39-40 °C. São seguidas de palidez da pele e tremores violentos durante cerca de 15 minutos a uma hora. Depois cessam os tremores e seguem-se duas a seis horas de febre a 41 °C, terminando em vermelhidão da pele e suores abundantes. O doente sente-se perfeitamente bem depois, até à crise seguinte, dois a três dias depois.

A febre Amarela é uma doença infecciosa transmitida por mosquitos contaminados por um flavivirus e ocorre na América Central, na América do Sul e na África. O período de incubação é de três a sete dias após a picada. Dissemina-se pelo sangue (virémia). Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre, cansaço, mal-estar e dores de cabeça e musculares (principalmente no abdômen e na lombar). A febre amarela clássica caracteriza-se pela ocorrência de febre moderadamente elevada, náuseas, queda no ritmo cardíaco, prostração e vômito com sangue. A diarreia também surge por vezes. A maioria dos casos são assimptomáticos, manifestando-se com uma infecção é subclínica, mas pode se tornar grave e até fatal. Mais tarde e após a descida da febre, em 15% dos infectados, podem surgir sintomas mais graves, como novamente febre alta, diarreia de mau cheiro, convulsões e delírio, hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes em vários órgãos, que são potencialmente mortais. As hemorragias manifestam-se como sangramento do nariz e gengivas e equimoses (manchas azuis ou verdes de sangue coagulado na pele). Ocorre frequentemente também hepatite e por vezes choque mortal devido às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo. Há ainda hepatite grave com degeneração aguda do figado, provocando aumento da bilirrubina sanguínea e surgimento de icterícia (cor amarelada da pele, visível particularmente na conjunctiva, a parte branca dos olhos, e que é indicativa de problemas hepáticos). A cor amarelada que produz em casos avançados deu-lhe obviamente o nome. Podem ocorrer ainda hemorragias gastrointestinais que comumente se manifestam como evacuação de fezes negras (melena) e vómito negro de sangue digerido (hematêmese). A insuficiência renal com anúria (déficit da produção de urina) e a insuficiência hepática são complicações não raras.

A febre tifóide (AO 1990: tifoide) é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Salmonella typhi. Trata-se de uma forma de salmonelose restrita aos seres humanos e caracterizada por sintomas sistêmicos proeminentes, sendo endêmica em países subdesenvolvidos. A febre tifóide é uma doença distinta e não relacionada com o Tifo. A doença é exclusiva dos seres humanos. É sempre transmitida via orofecal, ou seja, pela contaminação, por fezes, de alimentos ou objetos levados à boca. Muitos casos são devidos à preparação não higiênica da comida, em que um indivíduo portador (com a bactéria no intestino, porém saudável e sem sintomas por períodos prolongados) suja os dedos com os seus próprios detritos fecais e não lava as mãos antes de manusear os alimentos. Cerca de 5% dos doentes não tratados com antibiótico tornam-se portadores após resolução da doença.

O tifo epidémico (português europeu) ou tifo epidêmico (português brasileiro), coloquialmente referido simplesmente como Tifo, é uma doença epidémica transmitida por piolhos, parasitas comuns no corpo humano, e causado pela bactéria Rickettsia prowazekii. É transmitido pelo piolho humano do corpo Pediculus humanus corporis, (mais raramente pelo piolho dos cabelos), que os excretam nas suas fezes, invadindo o ser humano através de pequenas feridas invisíveis. A incubação é de 10 a 14 dias, enquanto as bactérias se reproduzem no interior de células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos, libertando a descendência para o sangue de forma continua, com inflamação dos vasos (causa do eritema). A febre alta surge após essas duas semanas, seguida do exantema (eritema) em manchas após mais quatro a sete dias. A mortalidade é de 20% se não tratado convenientemente, mas em algumas epidemias em desnutridos pode chegar a 66%.


Ancilostomíase: Amarelão - A ancilostomose é uma helmintíase que pode ser causada tanto pelo Ancylostoma duodenale como pelo Necatur americanus. Ambos são vermes nematelmintes (asquelmintes), de pequenas dimensões, medindo entre 1 e 1,5 cm. A doença pode também ser conhecida popularmente como "amarelão", "doença do jeca-tatu", "mal-da-terra", "anemia-dos-mineiros, "opilação", etc.
As pessoas portadoras desta verminose são pálidas, com a pele amarelada, pois os vermes vivem no intestino delgado e, com suas placas cortantes ou dentes, rasgam as paredes intestinais, sugam o sangue e provocam hemorragias e anemia.
A pessoa se contagia ao manter contato com o solo contaminado por dejetos. As larvas filarióides penetram ativamente através da pele (quando ingeridas, podem penetrar através da mucosa). As larvas têm origem nos ovos eliminados pelo homem.
MAL DE BRIGHT -A nefrite corresponde a glomerulonefrite aguda. É uma doença renal aguda que atinge de preferência o jovem e que provoca perda de sangue e de proteínas pela urina, pressão alta e inchaço na face. Está relaciona à infecção por uma bactéria denominada estreptococo. É rara na 3ª Idade. É uma doença que pode evoluir para a Insuficiência Renal. O diagnóstico é feito pela biopsia do rim.
Marasmo
Marasmo é a desnutrição proteico-calórica do tipo seco, ou seja, é uma desnutrição por falta de calorias e proteínas em um paciente muito magro e desidratado. Esta condição é resultado da fome por escassez de alimentos. Em seu tratamento deve-se prover uma dieta com proteínas de alto valor biológico e calorias adequadas para que aproveite o nitrogênio presente na proteína. O marasmo ocorre quando a pessoa não se alimenta, durante muito tempo, em quantidade suficiente de nenhum tipo de nutriente necessário ao perfeito funcionamento do corpo humano. A falta de alimentos ricos em carboidratos, proteínas, lipídios, sais minerais e vitaminas provoca vários malefícios à saúde. A pessoa não cresce, fica muito magra, com freqüência adquire outras doenças, fica com a pele ressecada e descamante, tem os músculos reduzidos e está sempre com fome. A doença tem esse nome devido ao fato de o doente não possuir disposição para realizar suas atividades.
colapso
s.m. Medicina Diminuição súbita e geral da energia do sistema nervoso e de todas as funções que dele dependem.
Estado de prostração e depressão extremas.
Medicina Achatamento anormal das paredes de uma parte ou órgão.
Medicina Colapso cardíaco, debilidade repentina das contrações cardíacas; adinamia cardíaca.

Apoplexia
Apoplexia é uma afecção cerebral que surge inesperadamente, acompanhada da privação do uso dos sentidos e/ou da suspensão dos movimentos; em outras palavras, serve como designação genérica para afecções produzidas pela formação rápida de um derrame sanguíneo ou acidente oclusivo no interior de um órgão. Os sintomas e sinais podem variar desde uma simples cefaleia até um quadro mais grave, podendo levar à morte. A designação apoplexia está atualmente em desuso, sendo substituída, mais corretamente, pela designação "acidente vascular cerebral". O acidente vascular cerebral pode, por sua vez, ser hemorrágico ou isquêmico. Hemorrágico quando há uma ruptura de um vaso cerebral com extravasamento de sangue. Isquêmico quando há obstrução total ou parcial de uma artéria cerebral por placas ou trombos.


Caquexia
Caquexia ( / k ə ɛ k k i s ə / , a partir de grego kakos κακός "ruim" e ἕξις hexis "condição") [1] ou desperdiçar síndrome é a perda de peso , atrofia muscular , fadiga, fraqueza, e significativa perda de apetite em alguém que não está ativamente tentando perder peso. A definição formal de caquexia é a perda de massa corporal que não pode ser revertida nutricionalmente: Mesmo que o paciente afetado come mais calorias, massa corporal magra serão perdidos, indicando que há uma patologia fundamentais em vigor [. carece de fontes? ] Caquexia é visto em pacientes com câncer , AIDS , [2] doença pulmonar obstrutiva crônica , insuficiência cardíaca congestiva , tuberculose , Polineuropatia Amiloidótica Familiar , envenenamento por mercúrio ( acrodinia ) e deficiência hormonal. É um fator de risco positivo para a morte, o que significa que se o paciente tem a caquexia, a chance de morte por doença subjacente é aumentada dramaticamente. Pode ser um sinal de várias doenças subjacentes, quando um paciente apresenta caquexia, o médico geralmente consideram a possibilidade de câncer , acidose metabólica (de diminuição da síntese de proteínas e aumento da proteína catabolismo ), certas doenças infecciosas (por exemplo, tuberculose , AIDS ) , pancreatite crônica, e algumas doenças auto-imunes , ou vício em anfetaminas . Caquexia fisicamente enfraquece os pacientes a um estado de imobilidade decorrentes da perda de apetite, astenia e anemia , ea resposta ao tratamento padrão é geralmente pobre. [3] [4]


Morféia

Esclerodermia vem em duas formas principais: sistêmica e localizada. Esclerodermia é uma doença de origem desconhecida que afeta os tecidos microvasculatura e frouxo do corpo e é caracterizada por fibrose e obliteração dos vasos sanguíneos da pele, pulmões, intestino, rins e coração. Morféia é uma forma localizada de esclerodermia e afeta principalmente a pele apenas. As lesões são geralmente limitadas e mais comumente apenas uma lesão foi encontrada. No entanto morféia pode ocorrer de forma generalizada, bem como gutata, nodular, subcutânea e formas lineares. Morféia é relativamente incomum e mulheres são afetados cerca de três vezes mais frequentemente que homens. Também é mais comum em negros ea maioria dos pacientes estão entre as idades de 20 e 50 anos de idade no momento do diagnóstico. Morféia linear é geralmente visto mais cedo com a maioria dos pacientes em menos de 20 anos de idade. Morféia linear também pode afetar não apenas a pele, mas as estruturas subjacentes, como músculos e ossos. Anticorpos antinucleares, os níveis elevados de imunoglobulinas e fator reumatóide foram conhecer a ser elevados em todas as formas de esclerodermia localizada, mas a incidência geral é desconhecida. Apesar disto, o prognóstico geralmente é bom; a doença muitas vezes torna-se inativo em 3 a 5 anos. Atrofia e hiperpigmentação residual / descoloração da pele afetada com freqüência permanece. Deficiência de danos da estrutura subjacente, como atrofia muscular pode ocorrer, mas é muito raro.



Lepra
A lepra (hanseníase, morfeia, mal de Hansen, mal de Lázaro), é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae que afeta os nervos e a pele e que provoca danos severos. O nome hanseníase é devido ao descobridor do microrganismo causador da doença Gerhard Hansen. É chamada de "a doença mais antiga do mundo", afetando a humanidade há pelo menos 4000 anos[1] e sendo os primeiros registros escritos conhecidos encontrados no Egito, datando de 1350 a.C..[2] Ela é endêmica (específica de uma região) em certos países tropicais, em particular na Ásia. O Brasil inclui-se entre os países de alta endemicidade de lepra no mundo. Isto significa que apresenta um coeficiente de prevalência médio superior a um caso por mil habitantes (MS, 1989).[3] Os doentes são chamados leprosos, apesar de que este termo tenda a desaparecer com a diminuição do número de casos e dada a conotação pejorativa a ele associada.[carece


FONTES:
Os jornais da Cidade de Itapira - colunas do joão do Norte e os sites: HTTP://www.scielo.br;http://www.bam-international.com; http://www.sobiologia.com.br;;http://www.dicio.com.br; http://pt.wikipedia.org


CULTURAL
O grupo musical brasileiro de Rock, TITÂS, fez uma música bem humorada em 1988 no álbum "Õ Blésq Blom", que fala sobre diversas doenças e como o corpo resiste a elas “ o pulso ainda pulsa...”
O Pulso
Titãs
O pulso ainda pulsa
O pulso ainda pulsa...
Peste bubônica
Câncer, pneumonia
Raiva, rubéola
Tuberculose e anemia
Rancor, cisticircose
Caxumba, difteria
Encefalite, faringite
Gripe e leucemia...
E o pulso ainda pulsa
E o pulso ainda pulsa
Hepatite, escarlatina
Estupidez, paralisia
Toxoplasmose, sarampo
Esquizofrenia
Úlcera, trombose
Coqueluche, hipocondria
Sífilis, ciúmes
Asma, cleptomania...
E o corpo ainda é pouco
E o corpo ainda é pouco
Assim...
Reumatismo, raquitismo
Cistite, disritmia
Hérnia, pediculose
Tétano, hipocrisia
Brucelose, febre tifóide
Arteriosclerose, miopia
Catapora, culpa, cárie
Câimba, lepra, afasia...
O pulso ainda pulsa
E o corpo ainda é pouco
Ainda pulsa
Ainda é pouco
Pulso
Pulso
Pulso
Pulso
Assim...



Fonte http://letras.terra.com.br/titas/48989/