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sexta-feira, 30 de março de 2012

SEGUNDA ESCOLA A PARTICIPAR DO PROJETO ITAPIRA...

Ontem iniciamos com a Escola Izaura da Silva Vieira, com 17 alunos. A professora Loide Lopes Bueno Brusasco foi quem acompanhou os alunos. Foi muito simpática, assim como seus alunos que participaram bem da explanação. À tarde a mesma professora voltou com outra classe, uns 25 alunos. Foi muito bom também.

ITAPIRA...UM MERGULHO EM SEU PASSADO - NA ESCOLA MUNICIPAL JOÃO SIMÕES

Na data de hoje, estivemos na Escola João Simões para plantar uma muda de café nos jardins da instituição. Faz parte das ações do projeto museológico para fixar a explanação que foi feita aos alunos nas dependências do Museu Histórico. Todos quiseram participar e a Paula Montanari fez as fotos, que vão abaixo:

quinta-feira, 29 de março de 2012

REPORTAGEM NO JORNAL SOBRE O PROJETO ITAPIRA...UM MERGULHO EM SEU PASSADO


O Jornal Tribuna de Itapira, neste último domingo, 25 de março de 2012, através do seu caderno “Tribuninha”, mostrou ao leitor o que está acontecendo no Museu Histórico da cidade. A reporter Adriana conversou comigo, com a professora e com alguns alunos. Os depoimentos confirmam que todos entenderam um pouco sobre o inicio da nossa cidade, a importância do Café e dos Italianos, bem como que o nome Comendador João Cintra não é apenas um nome de rua. Esse é o objetivo do projeto, falar sobre fatos históricos de Itapira. Ainda faltam dez escolas da rede municipal. Torno a dizer que é gratificante para nós que trabalhamos no museu, receber os alunos e professores. Sempre somos enriquecidos por eles, aprendemos muito mesmo.

ÚLTIMAS SALAS DO JOÃO SIMÕES

Ontem, passaram as últimas salas da Escola João Simões. Na parte da manhã a Professora Claudete Narciso Fernandes e a funcionária da Secretaria da Educação Solange. A última sala foi trazida pela Professora Claudia Aparecida Gonçalves Pelizer e o Inspetor Afonso. Quase 50 crianças. Hoje começamos a receber classes da Escola Isaura da Silva Vieira.

quarta-feira, 28 de março de 2012

CONTINUAÇÃO SOBRE OS DOIS COMENDADORES ..........

COMENDADOR VIRGOLINO DE OLIVEIRA


Nasceu em 15 de março de 1901, no Sitio Palmeiras em Itapira. Local onde se ergue atualmente a Usina Nossa Senhora Aparecida. Antes mesmo de frequentar as aulas do curso primário em Itapira, já prestava sua colaboração nos serviços rurais entre os tipos de agricultura no Sitio Palmeiras. Havia cana, com a qual se fazia o açucar mascavo, o melado e a pinga. Atingindo idade própria é matriculado no Grupo Escolar e, após a conclusão do curso, dedica-se com afinco ao trabalho da terra. Até os 15 anos, Virgolino vinha diariamente à cidade montado em seu cavalo, para fazer a entrega do leite aos fregueses de seu pai. Em muitas dessas visitas encontrava-se com o jovem advogado, Menotti Del Picchia, que se dirigia para sua fazenda, a Santa Catarina da Capoeira do meio. Nascia aí uma grande amizade. Algum tempo depois, tornava-se comerciario, tendo inclusive trabalhado em Catanduva. De volta à Itapira, dedicou-se novamente à agricultura, preparando terras para plantação de algodão. Pouco depois, iniciou o plantio da cana e construiu uma pequena industria de aguardente, movida a animais. Com o passar do tempo, foi aumentando a fábrica e modificou seu sistema de funcionamento. Em 1933, inaugurava junto à Fabrica de Aguardente, uma modesta usina de açucar.



Daquele ano para cá, o progresso da Usina e a produção de açucar cresceram gigantescamente, transformando o antigo Sitio Palmeiras numa das mais perfeitas e modernas industrias açucareiras do país.

1a concha de açucar da usina 1933

1a turbinada de açucar da nova usina 1954

Foi um grande homem de negócios e empreendedor nato. Ergueu uma das mais modernas usinas de açúcar no Brasil. Já em 1933 recebia um trator de esteiras,idéia de mecanizar a lavoura, que encontra-se exposto no museu. Casou-se em primeiras núpcias com Dona Elvira Santos de Oliveira em 1921. Após ficar viúvo, contrai novas núpcias em 1952, agora com Dona Carmem Ruette. Ela é, por sua vez, outro nome bastante conhecido e estimado por todos. Ela, vez em quando, faz visitas ao museu e, em uma dessas visitas comentou que seu marido foi um dos responsáveis pela fundação da COPERSUCAR, pois, via a necessidade da união dos usineiros para uma lavoura forte e representativa.
Virgolino posa para a foto.

Dona Carman Ruette de Oliveira

Foi prefeito por dois anos tendo deixado o cargo por não ter tempo de cuidar da usina e da cidade. O afastamento no entanto, não foi motivo para deixar de continuar trabalhando pela cidade - Tinha amizade com as forças políticas das três esferas. Prova disso é que todo o grande político que visitou Itapira, sempre era recebido em sua casa, na usina, por ele e sua esposa. Posso citar: o ex-Governador Carvalho Pinto, o ex-Deputado Federal Ulisses Guimarães ( encontra-se no museu um álbum de fotos), o ex-Governador Dr. Adhemar de Barros, o ex-secretario de obras Paulo Salim Maluf ( encontra-se no museu um álbum de fotos), sem contar os políticos de Itapira. Quando da visita do ex-Presidente da Republica Gal. Eurico Gaspar Dutra pelas cidades da baixa mogiana, ele foi convidado para um encontro com aquela autoridade. Sempre socorreu e equipou várias instituições itapirenses. Enfim, era um homem com que todos aqui podiam contar nas horas difíceis da vida pública ou particular. Doação de um motor para a estação de recalque dos serviços de águas; o altar de São Sebastião da segunda Igreja Matriz; a desapropriação do terreno, cobertura e manutenção dos salários por um ano dos professores da escola “Dona Elvira Santos de Oliveira” quando de sua construção; gabinete dentário para o Grupo Escolar Dr. Julio Mesquita; construção do Pavilhão Infantil na Santa Casa; doação de ambulância para o município; contribuiu vivamente, desde o alicerce até a cobertura, da nova Igreja Matriz;



juntando os salários que recebeu como prefeito, comprou e doou um caminhão tanque para irrigação de ruas. Dos industriais e autoridades de órgãos ligados ao plantio de cana , cito alguns nomes : srs. Comendador Mario Dedini e Hermino Ometto; do Instituto do Açucar e Alcool, os presidentes Manoel Gomes Maranhão, Leandro Maciel e Gileno di Carli; Outra figuras importantes do cenário municipal e brasileiro: o Conde Francisco Matarazzo, Menotti Del Picchia, Desembargador Marcio Martins Ferreira. Na ajuda humanitária: crianças do Vietnam e Indios Pacoa do Amazonas. Algumas das homenagens: titulo de Cavaleiro da Ordem de São Silvestre, em 1957, concedida pelo Papa Pio XII; Sócio Benemérito do Lions Clube de Itapira; sócio remido do Clube XV de Novembro; diploma de Simpatia pela Radio Record de São Paulo pelo cargo de prefeito; Cidadão Emérito de Itapira; do governo italiano - STELLA DELLA SOLIDARIETÁ ITALIANA DI 2o CLASSE; diploma de honra ao mérito da Associação Comercial de Itapira; oficio sobre doação em dinheiro para o Hospital e Maternidade do Guarujá; diploma “Capacete de Aço” por serviços prestados durante a Revolução constitucionalista de 1932; e medalhas comemorativas.




1962 – Falecimento de Virgolino de Oliveira e Antonio Caio


Naquela sexta-feira, 14 de dezembro de 1962, seguiam para São Paulo, dois lideres de Itapira, no avião Cesna de propriedade do sr. Virgolino, ele para facilitar o aporte de dinheiro do Goveno Estadual e o prefeito Antonio Caio, para solicitar o empréstimo para os serviços de águas de Itapira. Morreram à serviço de nossa cidade. Na foto acima, vê-se a saída do caixão contendo o corpo do Comendador da Igreja Matriz da Penha.

O Museu Histórico de Itapira, preserva sua memória através de documentos, fotos e peças tridimensionais e o tem como PATRONO desse importante Aparelho Museal.

Fontes: jornais, livros e fotografias do acervo do museu. As cópias fotograficas foram cedidas gentilmente pelo Sr. Plinio Magalhães da Cunha ao museu histórico.


CULTURAL

Os Grandes Homens Daqueles que comandaram batalhões e esquadrões só resta o nome. O género humano nada tem para mostrar duma centena de batalhas travadas. Mas os grandes homens de que vos falo prepararam puros e perenes prazeres para os homens que ainda hão-de nascer. Uma eclusa a ligar dois mares, um quadro de Poussin, uma bela tragédia, uma nova verdade - são coisas mil vezes mais preciosas do que todos os anais da corte ou todos os relatos de campanhas militares. Sabeis que, comigo, os grandes homens são os primeiros e os heróis os últimos.
Chamo «grandes homens» a todos aqueles que se distinguiram na criação daquilo que é útil ou agradável. Os saqueadores de províncias são meros heróis.

Voltaire, in 'A Era de Luís XIV'


Fonte: http://www.citador.pt/textos/os-grandes-homens-voltaire-pseud-de-francoismarie-arouet

DOIS COMENDADORES...UM DA PENHA E OUTRO DE ITAPIRA

COMENDADOR JOÃO BAPTISTA DE ARAUJO CINTRA



A ele, membro de tradicional e abastada família de fazendeiros nas cidades de Atibaia, Bragança Paulista e Amparo, se deve a abertura de fazendas e início da cultura de café, além da construção da câmara, da cadeia e de uma igreja matriz de grande porte, templo que serviu à população durante um século, até 1955, quando foi demolida. Pelo seu pioneirismo, foi agraciado com o título de comendador da Imperial Ordem da Rosa. Recebeu o imperador D. Pedro II e a imperatriz Teresa Cristina, em sua residência, quando o monarca esteve na cidade em 27 de outubro de 1886. O comendador João Cintra, nascido em Atibaia em 1805, era filho do alferes Jacinto José de Araújo Cintra e de Maria Francisca Cardoso, tendo se casado em 1828 com sua sobrinha Maria Jacinta de Araújo Cintra. Morreu em Itapira com avançada idade, antes do fim do século, deixando numerosa descendência.
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Itapira)


Corria o ano de 1840, quando aqui chegou o Comendador João Baptista de Araujo Cintra, vindo de Atibaia, respeitável e rico, com idéias progressistas para a antiga Penha. Ainda éramos quintal de Mogi Mirim, chamavamos Penha de Mogi Mirim. Ele chegou com os seus parentes , escravos, funcionários e animais, para em nossa cidade plantar Café. Comprou diversas fazendas e, iniciou a plantação.
Hoje onde é a Praça Bernardino de Campos, construiu sua residência em taipas. Deliberou, em 1842, também construir a Igreja de N.S. da Penha que na época era muito humilde e não ficava naquele local e, sim na subida de quem vem do bairro do Cubatão. Contribuiu com 12 contos de réis (uma verdadeira fortuna, equivalente hoje a R$ 672.000,00) e usou sua mão-de-obra escrava para a feitura da Igreja. O prédio foi feito com alicerce de 12 palmos de profundidade e oito de largura. Contava com 163 palmos de extenção e 80 de largura. Tinha um belo altar-mor, trono e altar destinado ao Santissimo Sacramento, estando forrado e pavimentado em parte.


Em 1845 era criado o Cartório de Órfãos. Dois anos depois ,1847 , era criada a Freguesia de N.S. da Penha, antigo Penha de Mogi Mirim.
Ele, Comendador João Cintra, era a pessoa que mais se esforçava para transformar aquela vila em cidade. Esforçava-se para a construção da Cadeia Pública, insistindo com a Comarca de Mogi Mirim, mas sem resultados aparentes. Em 1858 era finalmente declarada a criação da Vila N.S. da Penha e composta a Câmara. Foram então nomeados os primeiros funcionários da Intendência (prefeitura): Jacynto Jose de Araujo Cintra (secretario); João Baptista de Assis Glória (fiscal); Jose Manuel Soares (procurador); e Jose Francisco (porteiro). Ainda nesse ano, foi demolida a velha capela de N.S. da Penha e utilizado o material vendido para aplicação na nova Igreja.

Entre as primeiras atitudes da Câmara, estão: a proibição de armas de fogo e armas brancas no municipio e o inicio da construção da Cadeia e Câmara. O incumbido para a obra foi o Comendador João Cintra.
Em 1859 foi autorizado a cobrança de impostos sobre rezes abatidas, para abastecer os cofres da Intendência. Em 1860, finalmente termina a construção da Cadeia e Câmara pelas mãos do Comendador Cintra. Era composta de dois andares, sendo que no andar superior encontrava-se uma sala destinada aos presos, outra sala simples, um grande salão para a vereança e uma pequena sala para documentos. No piso inferior localizava-se uma sala de aula (escola), duas outras para alojamento de soldados e uma enfermaria para os presos.


Exisita em 1860, apenas uma escola no municipio, que era fiscalizada pelo sr. Joaquim Floriano de Araujo Cintra. O Bispo Diocesano criou, por provisão, a Irmandade do Santissimo Sacramento. Nas 52 propriedades rurais, eram produzidas nesse ano, 40.000 arrobas de café enquanto a de fumo produziu 3.000 arrobas. Em torno de 700 pessoas trabalhavam nas fazendas produtoras.
Em 1860, elege-se a nova Câmara. Eram vereadores: Tte. Cel. Francisco Lourenço Cintra (presidente); Joaquim Henrique de Alvarega, Pedro da Rocha Campos Cardos, Ignacio de Loyolla, Araujo Cintra, Miguel Antunes Garcia, Jose Joaquim Vieira e Jose Rodrigues de Siqueira Bastos. Foram Juizes de Paz no mesmo período os srs. Jose Marianao de Toledo, Bento Jose de Araujo Cintra, João Baptista Pinto e Joaquim da Rocha Campos Netto.
Em 1863, para se conseguir iluminar a Cadeia à noite, os soldados faziam fogueiras dentro do recinto. A Câmara manda comprar e usar velas de sebo. Em 1863 começa a cultura do algodão. Nesse mesmo ano, chega à Itapira o sr Conrado Wiesmann, de nacionalidade suissa, que foi o precursor da religião protestante na localidade.
Para o ano de 1865, inicia-se nova Câmara: Tte. Cel. Francisco Lourenço Cintra (presidente); Joaquim Henrique de Alvarega, João Baptista Soares, Luiz Pires Cardoso, Bento Domingues de Oliveira Paes e Joaquim da Rocha Campos Netto. Foram Juizes de Paz no mesmo período os srs. Cap. Jose Mariano de Toledo, dr. Joaquim Floriano de Araujo Cintra e Jose Theodoro Pereira da Silva.. A pedido da edilidade, em abril de 1865, foi instalada a Agencia Postal da cidade, sendo que foram nomeados os srs. Bento Domingues de Oliveira Paes e Ignacio Gomes da Cunha para agente de correio e ajudante.
Nesse ano, em setembro, estoura a Guerra do Paraguay. Além de recrutar homens para o combate (15 voluntários), foi conseguido dinheiro para a camapanha de guerra, pelo sr Francisco de Assis Cintra, no total de 170$000 (cento e setenta mil réis). Têm-se informações da cidade possuir duas escolas públicas e uma particular no ano de 1868.
Em 1869, nova Câmara: alferes João Baptista Cintra, Bento Domingues de Oliveira Paes, alfers João Baptista Gonazaga Cintra, Bento Jose Pereira da Silva, Joaquim da Rocha Campos Netto e Jose Antonio de Carvalho. Juizes de Paz: srs cap. Bento Jose de Araujo Cintra, tte Francisco de Assis Araujo Cintra, Francisco Assis Soares e Francisco Antunes Garcia. 1970, assume os correios, o Sr. Joaquim Ignacio de Alvarenga Cunha. Em 1871, o governo do Estado, muda o nome da cidade para Penha do Rio do Peixe.
Em 1873, novos edis: Theodolindo Cesar Ramos, Bento Jose Pereira da Silva, David Jose Pereira da Silva, Jose Antonio de Carvalho, alferes Jose Avelino Gomes da Cunha e Joaquim Ignacio de Oliveira Luz. Juizes de Paz: alferes Jose Augusto de Araujo Cintra, tte Joaquim da Rocha Campos Netto, Antonio Domingos de Oliveira Cesar e dr. Jose Joaquim de Moraes. A Igreja Evangélica foi fundada em 10 de janeiro de 1876, quando seus membros pediram a designação do terreno do cemitério para sua crença. A Irmandade do Santissimo Sacramento fez o mesmo. Foi solicitada então, a concordância do Comendador João Cintra, pois, os terrenos do centro e cemitério, foram por ele, doados. Ele permitiu.
Em 1877 nova vereança: Joaquim Floriana de Araujo Cintra (presidente), dr. Jose Joaquim de Moraes, Jose Alves de Andrade, Bento Jose de Toledo, Jose Antonio de Carvalho, tte Francisco Ignacio Quartim e Joaquim Floriano Pereira da Silva. Juizes de Paz: Antonio Domingos de Oliveira Cesar, João Jose Espinola, Vicente Jose Ramalho e Jose Augusto de Araujo Cintra. A cidade foi elevada a Termo em fefereiro de 1877, com direito a ter um tribunal e jurados. Contava então com 5.895 habitantes. Em sessão do Juri, antes de ser Comarca, no dia 08 de março de 1880, presidida pelo dr. João Gonçalves de Oliveira, Juiz de Direito de Mogi Mirim, servindo de promotor o dr. Pedro Nunes Leão Veloso e Escrivão Interino, Jose Pires Monteiro, entrou em julgamento o réu Jose Francisco de Camargo, acusado de matar com golpes de foice, em 1875, o escravo do cel. Stanislau Jose de Oliveira, conhecido por Lucio. Forma jurados: Joaquim Gomes da Cunha, Francisco Oliveira Rocha, Salvador Nardez de Vasconcelos Tavares, Pedro da Rocha Campos Cardoso, Jose Avelino Gomes da Cunha, Bento Jose Pereira da Silva, Hermenegildo Pupo Nogueira, Francisco de Assis Araujo Cintra, Ludovino Xavier da Silveira, Bento Jose de Toledo, David Jose Pereira da Silva e Ladislau Antonio de Araujo Cintra. O réu foi absolvido.
No ano de 1880, setembro, foram iniciados os trabalhos ferroviários para ligar nossa cidade à Mogi Mirim. A iluminação pública à querosene, surgi no ano de 1881, à pedido do vereador Antonio Jose Villas Boas. Ainda neste ano, há a solicitação da Câmara para elevação do Termo para categoria de Cidade, tendo em vista, a comunidade possuir Cadeia, Câmara, uma Matriz de grande porte e ter 7.000 habitantes. Foi elevada em 27 de junho de 1881, com o nome de Penha do Rio do Peixe. Bento Jose de Oliveira Rocha pede que se dê o nome da Rua do Cemitério para João Gonçalves de Moraes, sendo aprovado. Na semana Santa de 1882, inaugura-se a iluminação pública à querosene. Em julho de 1882, inauguração dos serviços ferroviários da Penha do Rio do Peixe.
Percebe-se que desde a chegada do Comendador João Baptista de Araujo Cintra, a nossa cidade teve um desenvolvimento enorme, esforço deste homem, que influenciou os destinos da antiga Penha. Através de seus parentes, esteve presente com suas orientações e financiamento em muitos momentos da vida urbana e rural. Não podemos esquecer que até antes dos serviços da Mogiana, o café que ele tanto plantou, ia no lombo de burros para a cidade de Santos. Sua casa instalada na Praça Bernardino de Campos, mais tarde se transforma em Camara Municipal. Seu nome foi dado a uma das principais ruas da cidade e sua memória é sempre relembrada por muitos historiadores itapirenses.


Hoje, nesse local, está o prédio de apartamentos: Edifíco Wanderley Zázera

Fonte: Album de Itapira, João Netto Caldeira, 1935.

Mas vejamos como o João do Norte (João Torrecillas Filho), outro historiador de Itapira, no Jornal Cidade de Itapira em 13 de maio de 1973,fala à respeito do comendador:
Ele (Torrecillas) com 8 anos de idade (1915) viu um grupo de homens conversando, ou melhor, ouvindo um senhor muito distinto, com longa barba branca, falando sobre o Comendador João cintra. Estavam posicionados em uma esquina, no centro. Esquina do João Zócchio em frente da sapataria do Agnelo Dellamura.
“...O sr. João Cintra foi um grande homem, vindo de Bragança lá pelos idos de 1840 e, aqui fincou pé, ele, familiares e mais seus inumeros escravos. Esse poderoso fazendeiro mandou erguer a sua monumental mansão, a mais suntuosa Igreja e a Cadeia, tres monumentos de taipas, todos pertinho uns dos outros, na Vila Nossa Senhora da Penha, chão esse que desconhecia as construções desse porte. E então o distinto bragantino, o humanitário cavalheiro mereceu o respeito da diminuta população da vila, a gente boa e pacata que rendiam as mais sinceras homenagens ao fazendeiro progressista que deu inicio a cultura do café por essas bandas, em boa hora, mas, o estouro mesmo foi sua iniciativa de construir entre os anos de 1880 a 1882, 21 kilometros de estrada de ferro para que a Mogiana mandasse seus trens até a então Penha do Rio do Peixe, o que efetivamente deu-se...”.
O que o ilustre desconhecido de João do Norte contou foi sobre a visita de Dom Pedro II e a Imperatriz Tereza Cristina às terras da Penha. Como João Cintra era o mais importante por retr em suas mãos tudo o que era bom para a cidade, ofereceu sua mansão para o monarca permanecer aquele dia. O Banquete foi excelente e farto, tudo feito pelas empregadas do sr João Cintra, livres, devido ao bom coração do fazendeiro. Como estava preocupado no correr bem do almoço, não sentava na cadeira posta ao lado do soberano. Por tres vezes D.Pedro II solicitou que Cintra sentasse ao seu lado, sendo que ele não se achava a altura de ficar ao lado do rei. Com toda a lisura que Dom Pedro tinha, o fez sentar. Ainda, na frente de todos, deu o titulo honorifico, que dali em diante o tornaria, nada mais, nada menos, que o Comendador João Cintra.
Em 29 de junho de 1986, com o titulo de “O Avô do Comendador João Cintra”, no mesmo jornal, admira que o Vulto, tenha apenas placa de rua com seu nome, uma vez que foi o responsável pela tansformação daquela pequena vila em cidade, com sua luta para conquistar o necessário, na elevação politico/administrativo. Aqui João do Norte cita, o cidadão que veio de Atibaia em 1840.
Abaixo, imagens da matéria:





Outra publicação:






(continua....)

Últimos dias do João Simões no projeto Itapira...

Ontem, recebemos as penúltimas salas da Escola João Simões. Na parte da manhã vieram a Inspetora Iracema e a Professora Lilian de Oliveira Santos Signoretti. À tarde, o Inspetor Afonso e a Professora Lucilene de Moraes Cardoso. Quase cinquenta alunos e muitas indagações por parte deles.



segunda-feira, 26 de março de 2012

EE JULIO MESQUITA NO MUSEU

Na última sexta-feira, recebemos a Professora Elisa M. Braga de Squeira com seus 24 alunos da 5B para conhecer a história da cidade. Como estamos com o Projeto Itapira... ficou fácil de falar com os alunos. Abaixo as fotos.

quinta-feira, 22 de março de 2012

TERCEIRO DIA DE VISITA DO JOÃO SIMÕES

O João Simões enviou mais uma classe hoje. Inspetora Iracema e a Professora Helenise de Freitas Ferla, acompanharam e participaram da visita e explanação. Muitas perguntas dessa vez, por parte dos alunos.



Às 14 hs, vieram alunos com a Professora Maria Tereza Gracini Zanchetta e o Inspetor Afonso.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Mais duas salas do João Simões no projeto Itapira....

Hoje, na parte da manhã, nova classe do João simões. Vieram com o grupo de alunos a Inspetora Iracema e a Professora Silvia Helena Lauri. Todos participaram bem da explanação e visita. Abaixo as fotos.




Na parte da tarde, vieram a Inspetora Iracema e a Profesora Maria Neide Zeola de Almeida. Super simpáticas e alunos, idem. Estamos contentes. Na foto abaixo aparece a reporter do Jornal Tribuna de Itapira, Adriana, conversando com as crianças para o tribuninha do domingo.

terça-feira, 20 de março de 2012

Segunda sala do João Simões no Projeto Itapira...

Às 14hs, recebemos a segunda classe da Escola Municipal João Simões. Vieram juntos com os alunos o inspetor Afonso e a Professora Eliana Avancini Meneguine. Classe teve excelente comportamento, como foi a visita da parte da manhã.


Iniciando o Projeto Itapira...um mergulho em seu passado

Hoje iniciamos a execução do projeto Itapira...um mergulho em seu passado. A Escola Municipal João Simões trouxe a primeira sala. Os alunos sairam sabendo da importância do Café em itapira e da presença italiana em nosso solo. Quem os trouxe foi a Professora Marcela Cecilia Porcelli. Este é o objetivo do projeto: levar ao conhecimento dos alunos um pouco do nosso passado glorioso e da formação da cidade. Como sempre, a Dona Ana Peruchi, perfeita: vans e lanches para a garotada. À medida que as escolas estiverem presentes, iremos publicando as fotos e nomes. Abaixo vão algumas: