Translate

domingo, 4 de setembro de 2011

COLEÇÕES DO MUSEU – FONOGRÁFICOS

Uma outra coleção que pertence ao acervo do Museu Histórico é , sem dúvida, os discos de vinil. Quanta gente comprou, cuida e adora estes suportes para musicas. Conta com aproximadamente 310 peças. Os discos, geralmente, estão nas capas ou em álbuns. Muitas vezes os álbuns trazem a melodia e letras, com as pautas. Tem dedicatórias e datas que vou mostrar no correr desta pesquisa.






O nome “Batista” é importante para Itapira e tem renome nacional. Estou falando de Batista Junior, itapirense, nascido em 1894. No site do Dr. Freitas conhecemos mais este fato histórico acontecido em nossas terras. No livro de Odette Coppos “O livro de Itapira”, Jácomo Mandatto, a pedido da grande itapirense, escreve sobre ele:
“Antes de ser o grande artista da ventriloquia, cuja a fama atravessou as fronteiras dos Estados brasileiros, de ser pai das cantoras Linda e Dircinha Batista, recebeu o apelido de João Fiaca, que significava sua pouca vontade para o trabalho dos simples mortais. Foi barbeiro e fracassou. O que ele queria mesmo era estar sobre um palco e fazer o que mais gostava – cantava, contava anedotas(comediante), compunha e principalmente, “falava com a boca fechada”. Imitava a voz de quem quer que fosse e de forma perfeita. Na nossa cidade, nos anos 10 ou 20, ele não teria como evoluir.
Foi quando apareceu na cidade outro artista, renomado, Cornélio Pires. Ao perceber os dotes de belas-artes de Batista Junior, convidou-o a segui-lo pelo Brasil através dos circos e teatros. Quando o nosso itapirense voltou, trouxe consigo o título de “ O Rei da Ventriloquia”. Não havia platéia que resistisse aos seus “bonecos”. Em Itapira, se apresentou no Theatro Recreio com bastante sucesso, sendo muito aplaudido pelos seus conterrâneos. Faleceu em 1943, vitima de colapso.





Fato importante é também que suas duas filhas foram famosas no Brasil, Dircinha e Linda Batista.







Florinda Grandino de Oliveira (São Paulo, 14 de junho de 1919 — 17 de abril de 1988), mais conhecida como Linda Batista, foi uma cantora e compositora brasileira. Começou sua carreira acompanhando sua irmã mais nova ao violão durante suas apresentações. Em 1936, teve que substituir a irmã no programa de Francisco Alves na Rádio Cajuti, obtendo boa aceitação do público. Também naquele ano, participou, ao lado de Dircinha, do filme Alô, Alô, Carnaval.
Linda precisou de apenas um ano para se consagrar como cantora. Em 1937, foi a primeira cantora a ser eleita Rainha do Rádio, título que manteve por onze anos consecutivos. O concurso foi realizado no Iate dos Laranjas, barco carnavalesco atracado na Esplanada do Castelo, no centro do Rio de Janeiro. Pouco depois, como contratada da então nova Rádio Nacional, fez uma excursão de grande sucesso no Norte e Nordeste que durou seis meses, começando por Recife, PE. Ali, apresentou-se no Teatro Santa Isabel, cantando músicas de Capiba acompanhada da Jazz-Band Acadêmica. (fonte: Wikipedia)




Dirce Grandino de Oliveira (São Paulo, 7 de abril de 1922 - 18 de junho de 1999), conhecida como Dircinha Batista, foi uma atriz e cantora brasileira. Dircinha Batista foi uma cantora de enorme sucesso. Em mais de quarenta anos de carreira, ela gravou mais de trezentos discos em 78rpm, com muitos grandes sucessos, especialemente músicas carnavalescas. Trabalhou em dezesseis filmes. Uma criança prodígio, Dircinha começou a se apresentar em festivais aos seis anos de idade. Ela começou a participar dos shows de seu pai no Rio de Janeiro e em São Paulo a partir daquele ano. Em 1930, aos oito anos, gravou seu primeiro disco, para a Columbia, com duas composições de Batista Júnior, "Borboleta Azul" e "Dircinha". Em 1931, ela se tornou um membro do programa de Francisco Alves na Rádio Cajuti, onde trabalhou até seus dez anos, então se mudou para o Rádio Clube do Brasil. Em 1933, ela gravou "A Órfã" e "Anjo Enfermo", de Cândido das Neves, com acompanhamento do compositor ao violão, junto de Tute. Aos treze anos, participou do filme "Alô, Alô, Brasil" e, no ano seguinte, de "Alô, Alô, Carnaval" (ambos de Wallace Downey). Em 1936, gravou dois discos pela RCA Victor. (fonte: Wikipedia)
Lendo a biografia das cantoras podemos observar o nome das gravadoras: Continental e RCA Victor. A história do disco de vinil vem de 1877, pelo inventor americano Thomas Alva Edison, com a criação de cilindros que retiam magnéticamente o audio. Em 1887, outro inventor, também americano, Emile Berliner, cria aquele tipo de midia que conhecemos ainda hoje, não mais cilindrico e sim, achatado. Nos primórdios, o material usado como base era a goma-laca. Posteriormente passou-se para as resinas sintéticas. Aquela foi a época dos gramofones ou fonógrafo.




No museu encontramos uma peça de fonógrafo que é o braço.



Então, na coleção encontramos diversos discos e capas, que vão nos remeter aos bons anos de nossas vidas.
Eruditos: musicas clássicas, óperas, instrumentais
MPB: cariocas, paulistas e nordestinas.
Cômicas
Políticas
Infantis
Músicas de Raiz
Declamação
Contos
Reportagens
Futebol



Os LPs (Long Play) cujas rotações variam (75, 77, 78 por minuto) trazem ritmos, em que diversos, eu mesmo nunca ouvi. Dando exemplo: tanguinho, modinha, fox-canção, marcha-rancho, baião, valsa, sertaneja, moda de viola, bolero, samba-canção, dobrado, rumba, etc.
Houve a preocupação de doadores em entregarem albuns completos, tanto de discos como de partituras.



DOADORES


GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
DIVINO APARECIDO INACIO
LUIZ EDESIO CAVENAGHI
CASA DA CULTURA - PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAPIRA
JACOMO MANDATTO
EDNA FIORIM
NYMPHA DE FREITAS BOSSO
MARIA APARECIDA VALENTIM VALDISSERA
MARIA REGINA DISPERATI
RAUL RODRIGUES GERALDI



O s anos de doações foram: 1973, 1980, 2008, 2009 e 2010.
Os anos das gravações foram: 1903, 1916, 1947,1962, 1968, 1972, 1974, 1981, 1982 e 1983.




Vamos às imagens:





4 albuns contendo discos - vinil





Album sertanejo – Musica de Raiz de Araras-SP






Album de Angélica no começo de sua carreira








Fotos de alguns discos de vinil





















Outros álbuns do Museu















Uma curiosidade: o disco de vinil não precisa de um aparelho de som propriamente para ser “tocado”. Experimente colocar o disco rodando na vitrola, sem áudio, com as caixas de som desligadas. Você conseguirá ouvir o disco, pois seu princípio de funcionamento se baseia na vibração da agulha no sulco dentro das ranhuras, que nada mais são do que a representação freqüencial do áudio em questão.






CULTURAL

É luxo só
(1957)

Samba
Composição: Ary Barroso e Luiz Peixoto
Interpretação: Jorge Goulart

Ary de Resende Barroso nasceu em 7/11/1903 em Ubá MG. Como seus pais faleceram quando tinha apenas 8 anos, foi criado pela avó Gabriela e tia Ritinha que foi sua primeira professora de piano. Aos 12 anos já tocava piano fazendo fundo musical nos cinemas de Ubá. Em 1921 foi para o Rio de Janeiro onde prestou vestibular para a Faculdade de Direito. Iniciou o curso em 1922, trabalhando ao mesmo tempo como pianista em vários cinemas. Formou-se advogado somente em 1930 na mesma turma do cantor Mário Reis, mas nunca exerceu a profissão


É LUXO SÓ
(1957)



Olha, esta mulata, quando dança, é luxo só...
Quando seu corpo todo se embalança, é luxo só.
Tem um "não sei quê" que traz; dá confusão,
O que ela não tem, meu Deus, é compaixão.


Êta mulata bamba!


Olha, esta mulata, quando dança, é luxo só...
Quando seu corpo todo se embalança, é luxo só.
Porém, seu coração quando se agita e palpita mais ligeiro
Nunca vi compasso tão brasileiro.


Êta samba cai pra cá, cai pra lá; cai pra cá, cai pra lá.
Êta samba cai pra cá, cai pra lá; cai pra cá, cai pra lá.
Mexe com as cadeiras, mulata
Que no requebrado me maltrata; ai, ai!...


Êta mulata bamba!


Olha, esta mulata quando dança, é luxo só...
Quando seu corpo todo se embalança, é luxo só.
Porém, seu coração quando se agita e palpita mais ligeiro
Nunca vi compasso tão brasileiro.


Êta samba cai pra cá, cai pra lá; cai pra cá, cai pra lá.
Êta samba cai pra cá, cai pra lá; cai pra cá, cai pra lá.
Mexe com as cadeiras, mulata
Que no requebrado me maltrata; ai, ai!...

Site: paixãoeromance.com


FONTES: sites - Wipkipedia, Paixão e Romance, História de Itapira; A Historia de Itapira, de Odette Coppos, A Historia Ilustrada de Itapira, de Jacomo Mandatto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário