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domingo, 16 de outubro de 2011

MULHERES, MUSEUS E MEMÓRIAS




O tema acima faz parte de uma atividade que o IBRAM - Instituto Brasileiro de Museus faz na primavera brasileira. Este ano de 2011 foi a 5ª Primavera dos Museus. Em todo o país, os muitos museus, fizeram atividades abordando o tema. O Museu de História Natural também participou com uma exposição de telas. O Museu Histórico por estar sob ações museológicas, está impedido de fazer exposições, por enquanto.
Mas, isto não me impede de escrever à respeito das mulheres de Itapira. Já escrevi em separado sobre algumas e, hoje vou procurar mostrar quem foram e o que fizeram pelo município. Obviamente, daquelas que tem suas memórias registradas no Museu Histórico.
Vamos começar com uma visão mais abrangente da situação do papel da mulher na sociedade brasileira. Localizando trabalhos e teses na internet, aparece um trabalho da Professora Zélia Maria Mendes Biasoli-Alves1, da Universidade de São Paulo, onde pontua as mudanças ocorridas na sociedade no final do século XIX até o ano de 1980. Tanto a sociedade como as religiões, andaram de mãos dadas para proteger e formatar o papel da mulher. Comportamento, desejos e objetivos de vida. A mulher sempre era envolvida em uma atitude dócil e obediente. Não que tudo tenha mudado para todas, pois, mesmo em nossos dias, ainda subsiste o pensamento idealizado de proteger a mulher. E quem tem que ser protegida, deve ficar isolada, distante de situações e pessoas que possam lhes fazer modificar sua liberdade. A autora menciona no texto o seguinte:

“ ... Assim, a transformação pode ser vista como acelerada e também lenta, na dependência do referencial temporal que se utiliza. Nessa ótica, pode-se afirmar que valores tradicionais como “Respeito”, “Obediência”, “Submissão”, “Delicadeza
no Trato”, “Pureza”, “Capacidade de Doação” e “Habilidades Manuais”, que foram considerados atributos fundamentais e definidores da “boa moça” até meados do século XX, são “passados para trás”, o que significa “deixar de estar na linha de frente” da educação da menina/moça, permanecendo,
sem dúvida, de forma “encoberta”, enquanto a mulher conquista o direito à escolarização e a exercer atividades profissionais diversificadas....”.

A questão da mulher estudar e trabalhar, na maioria das vezes, só veio aperfeiçoá-la para as tarefas do lar. O homem nada pode fazer para evitar que a mulher conquistasse espaços na sociedade e na família. Houveram aquelas que extrapolaram seu espaço e tempo, como é o caso de Odette Coppos, objeto de pesquisas anteriores. E assim foi em todo o Brasil, mudanças sociais e, determinadas mulheres à frente de seu tempo.



Vista parcial de Itapira em 1881

É intrigante como quase todos os historiadores falam dos feitos dos homens de Itapira e quase nada se escreve sobre as mulheres. Será que as esposas dos fundadores da cidade não tiveram nenhuma influência sobre os acontecimentos? E as esposas dos grandes políticos e empresários? O professorado e instituições para a educação, revelaram ou não, um feminino aguerrido? O nome de dona Carmen Ruette de Oliveira, por exemplo, está na memória de todos os itapirenses. Mesmo assim, é possível ao reler livros históricos, encontrar diversas moças e senhoras do município que se colocaram em destaque, como profissionais liberais ou modeladoras de movimentos sociais. Aqui, presto meu reconhecimento à beleza da mulher itapirense, beleza esta que é vista das mais jovens às de mais idade .

No site do Dr. Freitas, História de Itapira, acabamos conhecendo diversas mulheres e da sua contribuição para Itapira. Mais adiante vou colocar textos que as homenageiam. Nos textos de João do Norte, do mesmo modo, Torrecillas conta sobre inúmeras delas e sua contribuição. Jácomo Mandatto, igualmente, fala de senhoras e senhorinhas da antiga Itapira.


No livro de J. Caldeira, Album de Itapira, encontramos em ordem cronológicas as seguintes mulheres:


1858 – Thereza Gertrudes do Carmo – Diretora da primeira escola particular
1858 – Elisa Carolina de Toledo Dantas – Diretora da primeira escola pública
1916 - Maria de Souza Ferreira – inaugura um jardim de infância
1917 - Inauguração do Club Ideal – dirigido só por mulheres: presidente: Prof. Maria de Labre França/ vice-presidente, Dona Izaltina Vieira / Secretaria, Prof. Alice Fonseca/ Oradora, Prof Glorinha Rocha / Tesoureira, Dona Cacilda Ferreira /Procuradoras: Prof. Ismenia Cintra e Senhorinha Jacyra Fonseca
1917 – Prof. Lucilla Vasconcellos e Anna de Oliveira, fundam a Escola Modelo Particular
1922 – Prof. Maria Angélica Xavier Ferreira, funda a primeira escola de datilografia
1922- Inaugurado o Colégio Coração de Jesus, dirigido pela Irmãs das Escolas Cristãs
1927 – Colégio São José, dirigido pela Prof Tharcilia Pinheiro
1930 – Colégio Santo Antonio, dirigida pelas Irmãs Missionários de Jesus Crucificado
1934 – Georgina do Carmo Alvarenga Moraes, atuou como encarregada do Cemitério Municipal, bastante elogiada por seu desempenho.

Na Escola Julio Mesquita e escolas isoladas vemos:






ODETTE COPPOS conta......
Irmã Angelica Maria, contou que trabalharam no atendimento aos feridos, os doutores Hortêncio Pereira da Silva, João Cunha e Névio Bicudo; os enfermeiros: Therezinha Fonseca, Domingas Bueno e Thereza Sarri. Toda a medicação era manipulada na Santa Casa. Antibióticos e soros eram desconhecidos. Como o atendimento aos feridos se tornou elevado, os farmacêuticos Antonio Serra e Aquiles Galdi, permaneciam todo o tempo na Santa Casa, que era composta de um pavilhão central, casa das Irmãs, dois pavilhões menores para homens e mulheres, a sala de operações e mais três quartinhos particulares. Atravessava a Instituição tempo de penúria. Com a vinda do Dr. Mario Franca, do Rio de Janeiro, bondoso e humanitário, comprou várias camas e outros móveis para os atendimentos. Do primeiro combate, a oito quilômetros de Pouso Alegre, atenderam mais de trinta feridos e oito mortos. A maioria eram jovens de famílias da sociedade, de boa aparência e nenhuma experiência de guerra. Foram cortados, no meio do mês de agosto, a luz elétrica e o telefone. Os federais queimaram toda a roupa do Hospital e levaram todo o material cirúrgico. Com a tomada de Itapira, fomos todos chamados a ir para Campinas. Os canhões se aproximavam do centro. Aviões bombardeavam Barão Ataliba Nogueira, Eleutério,o Tanquinho e o próprio centro da cidade. Quando voltaram no final de setembro para a Santa Casa, encontraram tropas federais ainda instaladas que permaneceriam mais um mês no local.

Dona Isabel Rocha Salgado (Nenê Rocha) – Foi administradora do Matadouro Municipal e, segundo Odette, única mulher no Brasil a exercer aquele cargo. O Matadouro existiu onde hoje é a Rodoviária Municipal. Dona Nenê, deu um depoimento à Odette em 1983 sobre a história dela no Matadouro.


Hoje, no local da fotó está a Rodoviária Municipal.


João Torrecillas descreve:

Dona Gina Deviés Zonino, de nacionalidade inglesa, que por muitos anos fez vir ao mundo inúmeros itapirenses. Ganhou o apelido de Gina Parteira, profissional utilíssima num tempo em que todos nasciam em suas residências. Era uma alegria vê-la fazendo bem seu trabalho, mas junto com ela, a morte entrava junto. Muitas mães morriam nessa hora, não por culpa de Dona Gina, mas pela precariedade do começo do século XX.

Dona Ione Sartini de Oliveira Leite, atuou com muito amor e consideração pelos seus semelhantes. Morreu aos 25 anos de idade, deixando uma filhinha em tenra idade. Toda a comunidade sentiu bastante o acontecimento.

Dona Celencina Caldas Sarkis, benemérita e sempre ligada às causas juvenis, foi saudada por Itapira, tendo seu nome eternizado em uma instituição que era sua alma.

No arquivo do Dr. Freitas, iremos conhecer as mulheres contemporâneas:

Maria Cândida Galizoni
Dona Maria Cândida casada com Pedro Bertini, dedicou pelo menos 50 anos de sua vida à criação dos filhos e agora com 70 anos, resolveu ocupar seu tempo à pintura. Sua sobrinha Simone Bertini Brandão foi sua grande inspiradora tendo descoberto um grande potencial da tia na arte da pintura em telas. De lá para cá (2008), iniciou sua carreira artística, tendo já perto de 50 obras. "Quero que as pessoas saibam que me sinto como se tivesse 18 anos, estou vivendo uma paixão pela pintura, é uma terapia maravilhosa" diz D. Cândida
Sidinéia Nogueira
Maria Sidinéia Puggina de Freitas, é itapirense, filha do casal Bernardo Puggina e Sebastiana de Lima. É casada com Décio Nogueira de Freitas
e vem desde há muito tempo evoluindo sua sensibilidade nas artes plásticas. Tem inúmeros quadros a óleo sobre tela produzidos e já expostos em muitos ambientes culturais. Em 2003 deixou sua marca registrada quando da inauguração da "Rosa Rose Modas", situada no "Comercial Sarkis Center". É detentora de uma lisura sem igual e da “nobre” humildade, que caracterizam pessoas com o dom que ela possui.


Elisabeth de Castro
Exposição das obras óleo sobre tela de Elisabeth na Casa da Cultura de Itapira. Nesse dia executou mais de 30 telas de pessoas de vários segmentos da sociedade. É membro da AILA-Academia Itapirense de Letras e Artes. Possuidora de muitas qualidades, que a tornam uma mulher fascinante. No museu histórico há uma grande e bela tela, homenagem ao Capitão Bellini, feita por ela.
Marina Mendes
Marina não é itapirense, mas está radicada aqui há muito tempo. Vencedora por diversas vezes do prêmio instituído por Lília em Itapira, essa artista plástica merece elogios sinceros e nas palavras de Lília tem expressividade maior as telas sobre óleo com diferentes texturas e material novo. Dessa maneira a “Igreja de Ouro Preto”, a “Pousada dos Imigrantes” (Santos), a “Igreja da Estrada da Fazenda do Salto”, a “Matriz de Nossa Senhora da Penha”, demolida em 1955 e muitas outras que se perfilam pelo ateliê repleto de lindas obras em tela...Ali estão presentes as suas telas com motivos floridos, uma delas tendo recebido a medalha de ouro em Serra Negra com o título de “Casario da Estrada de Amparo”. Produz inúmeras cópias de paisagens. Assim vê-se também por ali “Paisagens do Rio”, “Praia do Forte de Santos”. Equilibra os tons, matizando-os nos padrões artísticos mais requintados
Creusa Tofanello
Creusa Tofanello é itapirense, filha do casal Pedro Tofanello e Maria Conceição Alves.Tem se dedicado às artes e a pintura é um dos destaques de sua sensibilidade.

Leonor Rodrigues Gomes Lopes
Leonor Rodrigues Gomes Lopes, (viúva de Anísio Lopes que era funcionário do então Posto de Saúde do Parque “Juca Mulato”) onde hoje funciona o PPA Central, é itapirense e conforme Lília, começou a se interessar por pinturas em porcelanas e depois para tela desde 1974. Teve seu mestre no professor Clóvis Pescio (catalogado) e Maria Tereza Vilela (Campinas) Teve cursos sobre artes plásticas por mais ou menos 4 anos e acabou por produzir sensíveis e lindas obras a partir de então.Leonor se espelha nos ambientes e formas ecológicas, da natureza morta. Suas telas à óleo exibe com maestria e bom gosto copos de leite gigantes, rosas com três botões, hortências, “Rosa Única”, “Duas Rosas”, “Lavadeiras”, “Girassóis”, “Antúrios”, “Veneza” “Afros”, etc. Possui em seu acervo inúmeras miniaturas em porcelana. Diz Leonor à Lília que em um ano pintou 76 telas, na época que perdeu seu filho Anísio Lopes Filho. . É membro da AILA-Academia Itapirense de Letras e Artes.

Elenyr Boretti
Itapirense, nascida aos 29 de maio de 1919, filha do casal Clodomiro Boretti e de Luigia Casarini. Pertence ao clã dos Boretti, tradicional família de nossa cidade. Casou-se com o dr. Natanael Ferreira Nobre, advogado (1914-1997) e teve as filhas Maristela e Maria Lucia Ferreira Nobre que é casada com o dr. Rubens Falco Alati, também advogado. Elenyr há mais de 50 anos vem se dedicando a pintura de telas, porcelanas, e toda sorte de material que possa servir para apor sua sensibilidade artística. A partir de um certo estágio de sua vida, por volta de 1990, começou, como soe acontecer com todo mestre, a ministrar aulas. Muitos alunos itapirenses puderam absorver com técnica e desenvoltura e sensibilidade toda sorte de ensinamentos da professora Elenyr Boretti. Elenyr sempre demonstrou tendências para as atividades artísticas de um modo geral. Teve aulas durante 3 anos com o famoso artista plástico Durval Pereira. Diz que foi muito difícil conseguir se matricular na escola do sr. Durval, já que ele não tinha mais vaga para alunos de pintura e que seu ateliê não tinha mais espaço para abrigar as obras produzidas. Como muito jeito e a pedido de outras alunas, conseguiu seu intento. De lá para cá só viu crescer suas habilidades com uma rica produção de telas e outras obras artísticas.Há mais de 50 anos vem ministrando suas aulas a uma plêiade de alunos, hoje já famosos tal e qual a mestra. Tantas foram as suas produções e suas exposições que hoje fez escola tendo inúmeros alunos sobejamente conhecidos em nossa cidade. Muitos desses discípulos de Elenyr já tendo expostos suas telas com muita maestria beleza e sensibilidade. Cada um em seus estilos próprios buscou na mestra Elenir os passos básicos para elaborar suas virtudes artísticas. Tem produzido maravilhosas peças de porcelana de cujas pinturas sobressaem a leveza e as cores em matizes. Suas telas emolduram residências de vultos famosos tais como D.Carmem Ruete, em Itapira, Cely Campello, famosa cantora dos anos 60 de São Paulo e muitos outros. Apenas para lembrar, mais de uma centena de alunos receberam orientações e aprendizado sobre arte de Elenyr. Seria impossível, diz Elenyr, lembrar-se todos e como uma pequena amostragem cita-se: Angélica Moises, Marina Clara Vieira de Godoy, esposa do atual prefeito Antonio Helio Nicolai, Maria Marcatti, Andréia Stevanatto, Sonia Boretti, Neia Carvalho, Fany de Mello Sartori, esposa do Dr. Mello (de saudosa memória), Lina Ribeiro, Andréia Bataglini, Ana Carolina Campana, Paola (neta de Elenyr) José A.Tenório, Rosangela Pavinatto, Valéria Fochesatto, Marina Mendes, esposa de Alberto Mendes, Larissa Riberti, Cibele Oliveira, Ivone Pompeu, Elaine Alcici... Sua casa é um verdadeiro ateliê e pode-se admirar por todos os cômodos, dezenas de telas, pinturas em porcelana e medalhas outorgadas em exposições em várias cidades brasileiras incluindo São Paulo. As imagens abaixo dizem melhor dessas plenitudes. Obras à óleo sobre tela, compondo lindas “rosas. Os marítimos”: um deles premiado com medalha de ouro em São Paulo, outros com medalhas de prata e menção honrosa..., personagens solitários testemunhando uma solidez de estilo diferenciado, De outra tela extraímos um saudosismo de ambientes, de calmarias, lembrando um passado remoto, com pouco movimento e deixando o julgamento para aqueles que podem ver fundo a psicologia do descanso. Impossível penetrar nesse mundo e caracterizar tudo apenas com a palavra. Os sentimentos não encontram expressividade para esse mergulho e fica para o nosso íntimo recolhimento a reflexão do admirável mundo interior. Dizia São Thomaz de Aquino: “O belo é tudo aquilo agrada a visão”, Acrescento que não há como perceber o belo, sem a participação do outro. Ambos, na plenitude da admiração contemplam em uníssono o ruído do silêncio. A arte se encontra aí incrustada na leveza dos momentos mais sublimes e das mais nobres introspecções da alma. Elenyr Boretti, é uma dessas artistas que transcendem as expectativas do mundo real para se permitir ser iluminada e brilhar eternamente na posteridade. Boníssima, bem humorada, sorridente, sempre deixando transparecer uma felicidade e uma paz inesgotáveis. Fala de suas obras como se falasse de seus filhos e as memórias, ressoam em suas adrenalinas num gotejar constante de suas lembranças. Apraz-nos ouví-la e senti-la ainda como uma criança, tal a sua vibração por ter produzido com tanto carinho milhares de obras artísticas. Reverenciamos sua personalidade artística e nos colocamos em posição de respeito e gratidão por ela ter brindado Itapira com a majestade de sua presença há mais de 50 anos.

Maria Aparecida Vitta Maya
Maria Aparecida Vitta Maya quando entregava seu livro "O Naufrágio da Barca Sétima" à imortal escritora
Nélida Pinon, quando Presidente da Academia Brasileira de Letras e a cópia da capa do livro "O Guarda-Noturno da Literatura Brasileira - Vida e Obra de Joaquim Osório Duque Estrada"
Maria Aparecida Vitta Maya, itapirense, filha de Ary Duque Estrada Maya e de Michelina Vitta, autora do livro “O Naufrágio da Barca Sétima”, lançado em 18 de Abril de 1997. O livro de Maria Aparecida é uma obra de ficção e realidade, onde retrata o naufrágio em que pereceram 28 crianças e um adulto. O pai da escritora, Ary Duque Estrada foi um dos sobreviventes. Tinha ele na época do acidente em 1915, 10 anos de idade.Essa obra relata com precisão a história do Brasil no contexto da guerra do Paraguai. A autora lançou recentemente em 1º de outubro deste ano de 2009, em comemoração dos 100 anos da letra do HINO NACIONAL"O Guarda-Noturno da Literatura Brasileira - pela Editôra G.Ermakoff Casa Editorial com co-edição da Academia Brasileira de Letras. Maria Aparecida pertence a uma estirpe linhagística das mais importantes do Brasil, vindo de uma família brasonada e repleta de personalidades ilustres, gal. Herbert Maya de Vasconcellos. Joaquim Osório Duque Estrada (autor do Hino Nacional). Era tio-avô de Maria Aparecida Vitta Maya. No lançamento dessa tão importante obra, Maria Aparecida orgulha-nos ao vê-la aquí nesta foto com a imortal escritora Nélida Pinon quando ainda presidente da Academia de Letras em 16 de setembro de 1997, durante o lançamento do livro “Testemunho Político” do jornalista Melo Filho, prefacista de seu livro

Irsemes Wiesel Benedick
Poeta e crônista. Nasceu em Santa Bárbara do Oeste, SP, mudou-se para Capivari, radicando-se em Itapira no ano de 1958. É portanto uma itapirense de coração, onde residiu durante 25 anos na “Usina Nossa Senhora da Aparecida”.É autora, entre outros cantos, do “Hino da Coroação de Nossa Senhora”, em homenagem à Santa Padroeira do Brasil e da Usina de Itapira. Secretária-geral da “Academia Itapirense de Letras e Artes”, sócia-correspondente titular da “Academia de Letras da Mantiqueira” (cadeira número 41 – patrono Monteiro Lobato), membro honorário da “Academia de Letras Menotti Del Picchia” e do setor de Campinas do “Movimento Cívico Brasileiro”.
Colaboradora do jornal “Tribuna de Itapira”. É detentora ainda da Honraria “João Ramalho”. Participou das I, II e III Coletâneas da Editora Komedi 1999

Helô Bueno de Moraes
Natural de Itapira, SP Nesta coletânea Komedi, representa versos soltos e o poema “Pecados”, de seu livro “Pincelando, Diálogo Entre Vento e Bambu é inédito e foi escrito durante curso Equilíbrio entre espiritualidade e vida prática promovido pela Brahma Kumaris, no Sítio Serra Serena, em Janeiro de 2005








Odete Coppos

Escritora, historiadora, poetisa e compositora desde os 7 anos de idade. Detentora de muitos troféus, congratulações de Câmaras Municipais (Olímpia, Itapira, e Baependi), diplomas de Academias de Letras (Piracicaba, Campanha – MG, Imperatriz, MA e Bela s Artes – RJ, tendo 40 títulos editados e distribuídos em todo território nacional e alguns países estrangeiros; participante de muitas Antologias. Africanóloga, patrocinou durante 25 anos as congadas de Itapira, tendo escrito muito sobre esse tema.Como museóloga contribuiu muito para a formação dos Museus de Caxambu e Campanha, MG e Mogi Mirim, Mogi Guaçu, SP.Pertence à Société Académique de Arts Liberaux de Paris e à “Academia de Letras Menotti Del Picchia”.
Suas obras: As Congadas (Folclore), 1971, A outra Face da Society – contos, Ser Mãe – poemas, Amor e Poesia – poesia, Memórias de um apartamento – romance, Depoimento de uma Desquitada – 1ª edição, em versos, Depoimento de uma Desquitada, 2ª edição, em prosa, "Saravá Satanás" – poema, "Hino de Louvor à Madre M. Evangelina" – poema, "O Coro da Penha de Itapira"– poema, "Bagageira de Ilusões" – poesias, "Guia de Turismo de Itapira" – Guia de Turismo, "Carinhosa Mensagem a Caxambu" – Mensagem sobre a criação do Museu de Caxambu, em 27 de setembro de 1970, "Guia Sentimental de Campanha", "Folhetim" (A título de Esclarecimento), "70 Anos de Poesia" - 1993, obra dividida em "21 cantos". "O Livro de Itapira", 1995, "A Revolução Constitucionalista de 1932 (Setor Leste)", 1996, "Da Dove Veniamo – Emmigrazione" (co-autores Artesão – Wall Zanovello e Esposa Dona Santina; Teatrólogo – Riziere Briantti) 2ª edição – 1997 e "Encontro de Talentos", escrito em conjunto com Adilson Bosso e Thiago Menezes, editora João Scortecci, ed. 1994. As referências sobre Odete Coppos vão desde 1959 e até hoje, já octogenária, se mantém-se firme e ativa, produzindo obras literárias de imenso valor para a cultura em nossa cidade.

Nadalete Maria Frassetto Gomes
Nadalete Maria Frassetto Gomes, era filha de Atílio Frassetto e D. Lilia Bartolomai. Graduada em Matemática, Física e Desenho Geométrico pela PUC - Campinas, e em Pedagogia e Administração Escolar pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ouro Fino - MG. Foi docente nas escolas Elvira Santos de Oliveira, Antonio Caio e Anglo, em Itapira, diretora na escola Pedro Rafael da Rocha, em Santa Gertrudes. Nesse livro sobre a "Famiglia Frassetto", Nadalete procura fazer uma narrativa da família desde quando Celeste e Giuseppina seus bisavós, deixaram a Itália e rumaram para o Brasil. É o relato de uma aventura onde o medo, as expectativas, sofrimentos e alegrias que impressionam e surpreendem o leitor a cada linha escrita. É uma história repleta de amor e dedicação à família, de trabalho, de religiosidade, responsabilidade e acima de tudo o empenho na crença, transmitidos de geração para geração.

Maria Odete Bianchi
Maria Odete Bianchi, filha de Romualdo Bianchi e de Maria da Conceição Barbosa era uma daquelas meninas irrequietas e inteligentes.Tinha desde cedo o talento artístico e musical e passou a ser chamada de “a Cantora Namorada da Cidade”. Com sete anos de idade, começou a se apresentar no programa artístico-musical que era realizado no Hospital Psiquiátrico Américo Bairral, aos domingos das 9 às 11 horas, acompanhada pelos conjuntos “Melódico” e “Todos os Ritmos”. Esses conjuntos musicais tiveram a colaboração impoortantíssima de João Torrecillas Filho, Ailton Riberti e Tocha. Esse programa era transmitido pela rádio Clube local. Estreou com a música “Não, Nana”. Foi um sucesso! Dotada de estilo próprio, e despida de vaidades, era sempre aplaudida por todos que lotavam o cine-teatro que tinha a capacidade para 1.300 pessoas. Em 1959 Maria Odete se transferiu para São Paulo, onde suas qualidades como cantora foram melhores aproveitadas.Alcançou o primeiro lugar entre os calouros no Programa “Toddy” de Hebe Camargo no canal 5, tendo sido portanto contratada por essa emissora.Apresentou-se também como tele-atriz.Em 1961 conquistou o “Roquete Pinto” e em 1966, no II Festival da Música Popular, a cantora de “Levante” teve sua consagração nacional ao defender a composição de Caetano Veloso um dos nomes mais respeitados na moderna música brasileira A partir daí desenvolveu suas aptidões artístico-musicais, tornando-se uma cantora profissional, para o seu engrandecimento, do Hospital Américo Bairral, de sua gente e de sua pátria.



Denise Dumont
Denise Dumont, cujo nome verdadeiro é Maria José de Avelar, também estreou no programa domingueiro do Hospital Américo Bairral. Em pouco tempo passou a ser aclamada e sua fama cada semana aumentava mais. Muito alegre, expansiva, simpática com muito bom humor era também dotada de grande sensibilidade artística. Tornou-se logo uma grande alegria aos ouvidos dos assistentes e ouvintes da Rádio Clube local. Logo, logo, transferiu-se para São Paulo devido ao grande sucesso alcançado em Itapira. Levou consigo muita experiência em sua bagagem artístico-musical. Depois de trabalhar durante anos em diversas emissoras, em 1966, em concurso patrocinado pelos “Diários Associados”, foi classificada como “Rainha dos Artistas”. Logo após recebeu o troféu no concurso entre aos dez melhores cantores do Brasil, promovido pelo canal 9. Sempre crescente, sua fama nos meios artístico e musicais, rendeu-lhe homenagens e muitos aplausos por todo o Brasil.






LILIA APARECIDA PEREIRA DA SILVA

Poetisa, Advogada, Psicóloga, Jornalista, Pintora, Tradutora, Romancista, Teatróloga, Contista e Historiadora infantil. Filha do médico e ex-prefeito de Itapira, D. Hortêncio Pereira da Silva, itapirense legítima, iniciou sua carreira na capital de São Paulo, partindo daí para o mundo. Mantém acervos em diversos países da Ásia, África, Europa e no continente Sul-Americano. Escreveu mais de 100 livros e continua ainda sua produção cultural.

Jacomo Mandatto escreve:

Entrevistei a Professora Suzana Pereira da Silva, nascida numa casa da Rua José Bonifácio. Ela acaba lembrando de vários imóveis e moradores. Nascida em 1913 foi uma importante formadora de caráter e educação para Itapira.

A mãe do Sr. Plinio Magalhães da Cunha também é lembrada por Jacomo, uma vez que atuou com brilhantismo na escola Julio Mesquita.
FONTES: História Ilustrada de Itapira, de Jacomo Mandatto; Album de Itapira, de J. Caldeira; Jornais A Cidade de Itapira, crônicas de João do Norte; Sites: pt.wikipedia.org/wiki/Museu; www.sfreinobreza.com/introducao04x.htm; http://www.scielo.br/pdf/ptp/v16n3/4810.pdf; http://pensador.uol.com.br/poesias_ou_poemas_sobre_mulheres_fortes/


CULTURAL

"Mulheres são como maçãs em árvores.
As melhores estão no topo.
Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão,
que não são boas como as do topo,
mas são fáceis de se conseguir.

Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas,
quando na verdade, eles estão errados...

Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar,
aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore."
Machado de Assis

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