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quarta-feira, 29 de junho de 2011

ALBUNS SOBRE ALGUNS EVENTOS IMPORTANTES DA CIDADE

Verificando fotografias e álbuns fotográficos no museu histórico pude encontrar o registro eternizado de alguns políticos que todos conhecem e, que fizeram suas visitas à Itapira por diversos motivos. Consta outrossim eventos genuinamente itapirenses. Peço também a compreensão do leitor porque nem todas as fotos estão em bom estado mas é possível identificar os políticos e ilustres itapirenses que os acompanharam.


ALBUM DA VISITA DE PAULO MALUF EM 1971








Paulo Maluf visita por duas vezes Itapira, uma na condição de Secretário dos Transportes em 02/03/1971, e vem para inauguração da Rodovia Virgolino de Oliveira; e em novembro de 1980 como governador do Estado, para doação de Cr$ 34 milhões de cruzeiros.





ALBUM DA VISITA DE LAUDO NATEL EM 1972








No mês de agosto de 1972, surpreendendo até o Prefeito Helio Pegorari, o Governador do Estado, Laudo Natel, visita rapidamente Itapira, pois, seguia para compromissos em Amparo. Almoço, diálogo na Rádio Clube e homenagem de alunos do município foram os acontecimentos desse dia.





ALBUM DA VISITA DE ULISSES GUIMARÃES EM 1962







Em março de 1962, a convite do Comendador Virgolino de Oliveira, o Ministro da Indústria e Comércio, Dr. Ulisses Guimarães acompanhado do Presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool, Dr. Edmundo Barbosa vêem à Itapira. O banquete foi concorrido, com as presenças de autoridades e políticos.






ALBUM DA VISITA DE LAUDO NATEL EM 1970, NO ANIVERSÁRIO DA CIDADE






As solenidades começaram cedo naquele dia 24 de outubro. Além do hasteamento das bandeiras tendo como paraninfos, o Dr. Achilles Galdi e Sra., o desfile foi um dos mais belos em Itapira. A presença do Governador Laudo Natel foi citada no jornal com muito ufanismo pela presença do grande líder político.






ALBUM DA INAUGURAÇÃO DA NAOF EM 1972






Fotos mostram que em maio de 1972, foi inaugurado um posto de atendimento da Receita Federal, na administração de Hélio Pegorari. Naof-Núcleo de Assistência e Orientações Fiscais. Pelo Governo do Estado, o Sr. Ademar Franco, superintendente e, Ariolino de Andrade Azevedo, Delegado, ambos da Receita Federal.







ALBUM DO CHURRASCO OFERICIDO À MENOTTI DEL PICCHIA




Vemos as figuras de Virgolino de Oliveira, Antonio Caio e Mario Dedini, além do próprio homenageado, Paulo Menotti Del Picchia.






ALBUM DE HOMENAGEM AOS SOLDADOS CONSTITUCIONALISTAS






Em uma das homenagens anuais prestadas aos soldados constitucionalista da Revolução de 1932, durante o governo de Hélio Pegorari, aqui, aparecem, as realizadas no Cemitério Municipal assim também como no Morro do Gravi. Destaco além das autoridades civis e militares, o prefeito e o presidente da Câmara Municipal, Sr. Antonio Celidonio Ruette.






ALBUM DA VISITA DE USINEIROS AO SR VIRGOLINO DE OLIVEIRA EM 1952






Em 1952, a Usina recebe a visita do Presidente do Instituto do Açúcar do Álcool, Sr. Gileno di Carli, além de outras personalidades ligadas ao açúcar.






ALBUM DA COBERTURA DA IGREJA MATRIZ EM 1962





Em 1962, foi feito o registro da cobertura da Igreja Matriz, obra que contou com o apoio de Virgolino de Oliveira. Vemos nas fotos Dona Carmem Ruette de Oliveira, o Prefeito Antonio Caio e o Cônego Henrique de Moraes Mattos, além da presença de grande público.






ALBUM DE HOMENGEM À MENOTTI DEL PICCHIA EM 1962





Em 01 de abril de 1962, com a presença de diversos artistas, escritores, jornalistas, políticos e população em grande número, foi inaugurado o busto do escritor Menotti Del Picchia. Vemos nas fotos Virgolino de Oliveira e o prefeito Antonio Caio. O busto está em frente à Casa de Cultura e em frente ao Parque Juca Mulato, nome de uma obra do grande Imortal.




Fontes: jornais A Cidade de Itapira, Folha de Itapira, a publicação “Homenagem de Itapira ao Comendador Virgolino de Oliveira”, e sites da internet.




Cultural


Thiago de Menezes é itapirense, poeta, escritor, pesquisador, historiador e Presidente da
AILA – Academia Itapirense de Letras e Artes. Tem o título de Conde e é conhecido em inúmeras cidades brasileiras e também no exterior por pertencer ao quadro daqueles imortais. Os eventos da Academia são sempre muito belos e inspirados, procurando sempre homenagear os artistas em diversas áreas e que colaborem com a difusão da “Bela Expressão Humana”. Coloco aqui alguns de seus livros e uma poesia tirada do livro “ Vertigem de Amor”.








Alguns livros:







quinta-feira, 23 de junho de 2011

O INICIO DO ESPIRITISMO NO CHÃO PENHENSE, JÁ TÃO DISTANTE




Foto de Itapira em 1880




Para quem pensa que o Espiritismo existe a um bom tempo em nossa cidade, engana-se. Ele é centenário em Itapira. Estou falando do Centro Perdão, Amor e Caridade, fundado aqui, em 1901 e de um segundo, em 1914, este último com quase 100 anos, o Centro Espírita Luiz Gonzaga.
Analisando o livro de Carlos Rodrigues Brandão, Memória do Sagrado, encontramos noticias, segundo o historiador, que o movimento Espírita, nasceu em Itapira, timidamente no início e, quando atingiu pessoas de formação sólida e de posses, alcançou um numero maior de seguidores. A gente humilde aceitou os ensinamentos e também gente que tinha uma vida ativa na sociedade, por exemplo, nos sindicatos e na política.
Diferentemente dos evangélicos que vieram para cá e não atuaram nos destinos da cidade naquele inicio de pregação, os Espíritas propagaram sua doutrina e assumiram postos de destaque na sociedade. Em nome de um espaço liberal e não católico, fizeram alianças com os maçons, com a Igreja Brasileira, com liberais (livre pensamento) e em menor grau, com os evangélicos.
Até um jornal, O Clarim, foi usado para difusão das idéias e crenças espíritas. Era distribuído à noite, pela cidade toda (centro), inclusive na porta do Vigário da Penha. O proselitismo espírita usava de um meio de comunicação eficaz para atrair pessoas. Nas reuniões de estudos e trabalhos, diante da doutrina codificada de Alan Kardec, todos iam conhecendo a Fé Espírita e a prática da Caridade. O Kardecismo tem bases científicas e acredita na reencarnação. Nada novo, pois os hindus também crêem. A diferença é que foi elaborada por uma pessoa de cultura européia e inspirada, que alicerçou na ciência e nos evangelhos a existência dos espíritos e sua comunicação com o mundo dos vivos.
Vemos no Jornal A Cidade de Itapira em 1908, um trecho que procura definir os espíritas: “ ...Itapira também não escapou dessa mal que vai grassando lá pelos altos da Santa Cruz, onde existe uma casa, na qual de tempos em tempos alguns desocupados em reunião espírita... Depois que essa mania de espiritismo começou a se desenvolver entre os simples da Santa Cruz, os médicos começaram a sentir uma diminuição na suas receitas. (26/04/1908).
Em 1916, referindo-se ao O Clarim, (Órgão Espírita da cidade de Matão) vemos o pedido no Jornal A Cidade de Itapira: “... Aos distribuidores e propagandistas nesta cidade de “O Clarim”, jornal espírita, recomendando que meditem nas palavras infra do Príncipe dos Poetas Brasileiros ...(aparece um discurso de Olavo Bilac sobre o Espiritismo). Se é assim, acho que é faltar aos princípios mais elementares da boa educação – para não dizer outra coisa – meterem à meia noite – hora fatídica de assombração – debaixo da porta de um sacerdote católico o referido Campeão d’Além Tumulo, a não ser que esses senhores tenham a justificá-los o diagnóstico feitos pelas grandes sumidades médicas do Brasil e de todas as nações civilizadas do mundo: - são uns loucos os que praticam o espiritismo. (13/01/1916).
Coube ao Cônego Artur Barbosa Teixeira de Guerra Leal, português, que ficou em Itapira de 14 de abril de 1915 a 11 de fevereiro de 1923, a árdua missão de combater a Igreja Brasileira, como também o Espiritismo. Segundo relatos dos historiadores, cujos livros, estão no museu histórico, ele foi de um temperamento forte que fez amigos e inimigos, mesmo entre os católicos tradicionais. Alguns achavam que o Cônego não possuía habilidades para levar a Igreja nos momentos dos mais graves conflitos. Vejamos. Ainda em 1916, no Jornal A Cidade de Itapira, existe o seguinte texto: “...Senhor Bispo, depois disto, ainda diz o Padre Guerra que esta acabada a Igreja Brasileira em Itapira; será possível? Que o diga S. Exc. sabendo que tenciona transferir ele daqui, não devia fazer isso, pois ele tem conseguido boas conversões e assim ele já conseguiu organizar nada menos de dois centros espíritas, ambos estão já registrados de acordo com a Lei, a Maçonaria esta aumentando seu templo mais do dobro, a Igreja Protestante vai aumentar visto que o atual é pequeno para as reuniões, de modo que ele continuando aqui conseguirá converter toda a população para a nossa Santa Madre Igreja. A Igreja Brasileira tinha sumido, no entanto depois da vinda de Guerra para aqui, ela esta aí fazendo duas festas...” (17/09/1916)
Em relação aos Espíritas, a Igreja combatia a nova religião no campo das idéias e a classe médica no campo da ciência. Ora arrefecia, ora empedernia-se. Num primeiro momento acusados de loucos e no seguinte de falsos profetas. Sofreram uma grande perseguição e preconceitos no inicio do proselitismo em terras brasileiras. Mas tudo isto não impediu seu crescimento e arregimentação de fiéis. O nosso povo é um povo religioso por excelência e busca suas respostas. E diversas pessoas encontraram essa resposta no Espiritismo. O trabalho social é imenso, e para se ter uma idéia disto é só pensar na fundação do Hospital Américo Bairral que saiu das entranhas do Centro Espírita Luiz Gonzaga. Agora, passo a relatar as pesquisas sobre os dois centros retro-citados.




CENTRO ESPIRITA PERDÃO, AMOR E CARIDADE











Fui muito bem recebido na casa de Sérgio Villar, médium de incorporação, responsável pelo Centro Perdão, Amor Caridade que tem no Núcleo Assistencial Espírita Cristão Chico Xavier (1986) seu braço de trabalho social bastante ativo. Faz a distribuição de cestas básicas, sopa, chás fitoterápicos, pomadas, cuidados sociais e, tem também a preocupação com a formação espiritual de seus membros e simpatizantes. Existem três grupos de estudos, 120 voluntários e até uma TV pela internet “A Caminho do Luz”. Ele, ainda, faz palestras em várias cidades brasileiras porque, como conta com intensa alegria, conheceu o trabalho e a pessoa de Chico Xavier, o maior expoente espírita da atualidade. Chico Xavier recebeu de nossa cidade o Titulo de Cidadão Itapirense em 24 de outubro de 1974. Então, o Centro mantém no contemporâneo, a missão nascida no começo do século passado, por vontade de algumas pessoas. Na ata inicial lemos os nomes de: Leopoldo Cipriano Ladeira, João Pereira da Silva, José Rodolpho de Lima, Clementino da Costa Bueno, Joana da Silva Ladeira e a menina Rodosina Ladeira, em 14 de março de 1901.
Em 17/02/2011, recebemos a visita de representantes do Espiritismo Kardecista de Itapira, sendo o Sr. Sergio Villar, um dos responsáveis pelo centro NUCLEO ASSISTENCIAL ESPIRITA CRISTÃO CHICO XAVIER e o Sr. Carlos Baccelli de Uberaba-MG, preletor. Este último viveu quase 25 anos ao lado de Chico e esteve em Itapira para palestras. Os dois foram muito simpáticos e atenciosos. O servidor municipal Marcelo Henrique Rosa que trabalha no museu, pediu que os mesmos fossem fotografados ao lado de uma muda de ipê amarelo plantada por ele, no parque, ao lado do equipamento cultural. Abaixo vai uma das fotos.







Sergio Villar, Marcelo Rosa e Carlos Bacelli





CENTRO ESPIRITA LUIZ GONZAGA





















No outro Centro, Luiz Gonzaga, fui da mesma forma delicada e prestativa recebido pelo Sr. Ironildo Boselli e Dona Olga, ela como decana, do Centro. Foi idéia de Américo Machado, a construção de um local, onde se pudesse tirar da situação degradante e humilhante, os doentes mentais que perambulavam ou que estavam trancafiados na cadeia. Desde o aparecimento da cidade, seus doentes mentais eram escondidos por medo do preconceito social. Outros, os mais agressivos, eram trancados na cadeia. E, aqueles que não ofereciam perigo à sociedade, viviam da bondade alheia.









Américo Firmino Machado, foi católico praticante antes de se tornar espírita. Essa revelação veio quando estava fechado em sua sala de estudos a refletir. Diz ter ouvido com clareza uma voz que lhe dizia para estudar o Magnetismo. Depois, novamente a mesma voz pede a ele para estudar o Espiritismo. Estamos no começo do século XX. Em Itapira não havia material para estudos e ele tudo fez para conseguir livros e avançar na doutrina que vinha da Europa. Foi desenvolvendo seus dons de mediunidade e psicografia. Em 1915, junto com mais 8 pessoas fundou o grupo de estudos e trabalhos “Centro Espírita Luiz Gonzaga”.
A instituição hospitalar psiquiátrica fundada em 1936, tendo à frente o casal Onofre e Gracinda Batista, foi saudada com o nome que em vida não possuiu. Seu pai chamava-se João Bairral e, ele após sua morte, através de mensagem enviada para a esposa do Sr. César Bianchi, Dona Dalila, afirmava que seu nome era Américo Bairral. Na Ata de Sepultamento do Cemitério Municipal da Saudade, consta seu nome terreno e como motivo da morte, Diabetes. Diz ainda que morreu com 46 anos de vida e que foi casado com Dona Maria Cândida de Toledo Machado.
A preocupação de Américo Bairral era com os doentes mentais que naquele tempo eram excluídos da sociedade. Não havia lugar para eles, nem tratamento. Eram contidos através de camisas de força ou cordas. Muitos eram trancafiados nas cadeias para evitar o contato com a sociedade, que fatalmente os levavam à morte, sempre na maior solidão. Diante da mensagem do Evangelho e certo que os doentes eram possuídos por obcessores, tudo fez para reunir esses seres para sua recuperação. Além dos doentes mentais, se preocuparam com os abandonados, os morféticos, alcoólatras e criminosos por delírios da mente. Neste ponto tenho algo em comum com o problema. Meu pai, me contou, quando ainda era pequeno, que na sua infância morava (era natural ) de Mairiporã e, que próximo dali, existia o famoso Instituto do Juqueri. Naquela época, era normal, o governo permitir que a população recebesse e cuidasse em suas casas de doentes vindos daquele lugar. Meu avô também os trouxe para poder aumentar a renda da família. Ele dormia com um facão embaixo do travesseiro, como arma de defesa, caso algum deles explodisse em agressividade. Dá para imaginar tal situação? É coisa de louco, tanto de um lado como do outro. E Bairral diante dessas situações, geriu esse sonho.







O hospital inicia suas atividades em 1936 com o lançamento da pedra fundamental e, em 1937, o caráter jurídico. Começo difícil e pobre. O hospital vivia apenas das doações de populares e algum auxilio da prefeitura. O número de doentes aumentava, ainda com a vinda de pessoas de outras cidades às quais Onofre visitou pedindo ajuda para edificar o nosocômio.
Na década de 60, firma-se o primeiro convênio com o Instituto Nacional de Previdência Social, carreando recursos necessários para a melhora no atendimento, tanto psiquiátrico como espiritual. Com a criação do setor particular, nova fonte de recursos é posta a serviço do Hospital, que multiplica suas tarefas e missão. Para melhorar seus conhecimentos científicos, o Instituto buscou parcerias com universidades, como a USP, Unifesp e Unicamp. Hoje leva a instituição a buscar nas pesquisas e no corpo clinico o atendimento de excelência.
Alguns nomes são de grande importância na vida desse empreendimento, que nunca serão esquecidos: Onofre e Gracinda Batista, Cesar Bianchi e sua esposa Dona Dalila, o Promotor Publico Dr. Jose Carlos de Camargo Ferraz e o Dr. Hortêncio Pereira da Silva. Claro que há mais nomes que se não foram importantes pela audácia de construir e buscar recursos, o foram pela dedicação de suas vidas à instituição, sempre balizados pelo Espiritismo.
Cesar Bianchi, manteve um bom relacionamento (diálogo) com a Igreja Católica, na Paróquia de Santo António, na pessoa do Cônego Matheus. Inclusive mereceu o Cônego, por parte de Cesar Bianchi uma carta postada no jornal, onde demonstra sua amizade pelo falecido e enumera suas virtudes, demonstrando que não havia entre eles polêmica, pois, cada um, convicto de sua fé, trabalhavam para a população procurando fazer o bem, mais que possível. Nesse caso foram derrubados os “muros” que separam os homens em suas religiões. Ainda sobre Cesar Bianchi, lemos no jornal A Cidade de Itapira de 30 de dezembro de 1990, no discurso feito por Sezefredo Fecci, onde ele diz o que pensa de seu amigo: “ ...um homem bom, caridoso, carinhoso, fraterno e sempre voltado às causas sociais. Não visava lucro ou poder, mas sim, o bem alheio...”. Nesse evento é dado à Sala de reunião das bancadas, o nome de Cesar Bianchi.

Fontes: Memória do Sagrado (1940) – Album de Itapira (1935) – A História do Sanatório Américo Bairral (1982) – História Ilustrada de Itapira (2006)






RESPONDENDO AO LEITOR:

Na reportagem de 11 de junho passado, coloquei a foto da antiga Câmara Municipal, nomeando-a, erroneamente de Cadeia Municipal, a cadeia ficava na praça e coloco aqui a foto dela.







Na reportagem do último sábado, incluí, como sempre faço, fotos de Itapira. Quando ponho a data abaixo da foto, ela se refere ao exato ano, caso contrário, é mais a titulo de ilustração. No caso da foto da Santa Casa que aparece no jornal , ela foi tirada em 1920





CULTURAL





Este desenho é de autoria de Dona Lilia Ap. Pereira da Silva e ilustrou o Livro “Carnaval Brasil”, em 1996, da João Scortecci Editora.

terça-feira, 21 de junho de 2011

LINHA DO TEMPO

Pensando em ter uma visão cronológico da vida de Itapira, vou descrever, dentro do possível , tentando contemplar todos os momentos importantes. Acho muito legal essa forma de ver os acontecimentos de cidades e, Itapira passou assim pelos anos, desde sua fundação:








ITAPIRA – ano de 1890
1700 – Presença de povoadores na sesmaria pertencente ao Sargento-Mor, Manoel Gonçalves de Aguiar.

1728 - Documento doando as terras no caminho das Minas Gerais para o Sargento-Mor. No documento, Sua Majestade indica, que o sesmeiro deveria abrir caminhos e produzir alimentos nas tais terras.

Entre 1718 e 1800, são doadas sesmarias para Manoel Pereira Velho e Manoel dos Santos Silva. Os que receberam posteriormente as terras de Itapira, vieram destas famílias, quando aparecem os nomes de Manoel Pereira da Silva e João Gonçalves de Moraes.

1800 – Inicio dos Bairro dos Macucos, presentes vários lavradores como também Manoel Pereira e João Gonçalves, este último, possuindo linda imagem da Virgem Santíssima da Penha.

1820 – Derrubada da mata para construção da Capela para a Virgem.

1821 – Celebração da primeira Missa pelo Padre Antonio de Araujo Ferraz legalizando a capela e competente doação do terreno à Cúria.

1840 – Chegada do Comendador João Baptista de Araujo Cintra, vindo de Atibaia, trazendo escravos, mais as construções feitas com taipas e o cultivo do café.

1845 – Criação do Cartório de Órfãos

1847 – Criação da Freguesia de N.S. da Penha (antiga Penha de Mogy-Mirim)

1857 – Término da construção da Igreja Matriz, toda em taipas, custeada pelo Comendador.









1858 – Criação da Villa de N.S. da Penha
– Criada a primeira edilidade com quatro funcionários – Inicio da construção da Câmara e Cadeia
– Existência de uma escola particular dirigida pela Dona Thereza Gertrudes do Carmo
– Primeira escola pública regida pela Dona Elisa Carolina de Toledo Dantas.

1859 – Inicio da cobrança de impostos sobre abate de rezes
– produção de 40.000 arrobas de café na Villa

1860 – Criação da Irmandade do Santíssimo Sacramento pelo Bispo Diocesano

1864 – Nova edilidade: Presidente (prefeito), Tenente Coronel Francisco Lourenço Cintra, Joaquim Henrique de Alvarenga, Pedro da Rocha Campos Cardoso, Ignacio de Loyolla Araujo Cintra, Miguel Antunes Garcia, Jose Joaquim Vieira e Jose Rodrigues de Siqueira Bastos – Juizes de Paz: Jose Mariano de Toledo, Bento Jose de Araujo Cintra, João Baptista Pinto e Joaquim da Rocha Campos Netto.

1865 – Criação da Agencia Postal
– Guerra do Paraguay

1868 – Duas escolas públicas e uma particular

1871 – Mudança do nome da Villa N.S. da Penha para Penha do Rio do Peixe

1876 – Fundação da Igreja Presbiteriana
– Pedido de criação de cemitérios para evangélicos e outro para os católicos










1877 - Havia na cidade 5.895 almas (habitantes)

1880- Primeira Sessão de Jury, presidida pelo Juiz de Direito de Mogy-Mirim, Dr. João Gonçalves de Oliveira
– Inicio da contrução do ramal férreo para Mogy-Mirim
– Criação da Coletoria Estadual

1881 – Decisão para iluminação pública com 20 lampiões belgas a querosene, nas principais ruas
– Proposta da Câmara para elevação para a categoria de cidade
– Moravam na urbe 7.000 almas

1882 – Estréia da iluminação pública
– Logradouros nominados pela Câmara: Rua da Fonte, Rua Saldanha Marinho, Rua Tiradentes, Rua dos Andradas, rua 1º de Março, rua Regente Feijó, Rua do Conselheiro Saraiva, Rua do General Ozório, Rua Formosa e Ladeira de Santa Cruz.

1883 – Instalação da Comarca de Espírito Santo do Pinhal em Itapira.

1887 – Estudos para o abastecimento de águas
– Inicio das obras da Santa Casa
– Uma epidemia de varíola assolou o município

1888 – Morte do delegado de policia Joaquim Firmino - Libertação dos Escravos
– Abertura do Mercado Provisório
– Já haviam sido celebrados 13 casamentos de não católicos

1889 – Proclamação da República

1890 – Foi dissolvida a edilidade e eleita a nova: Presidente, João Jakson Klinke, João Mafra, Antonio da Costa Dantas, Antonio Candido Ferraz Salles e Joaquim Pires Monteiro
– Mudança do nome da cidade para Itapira
– Mudança dos nomes dos logradouros: Largo Liberdade, Largo Benjamin Constant, Rui Barbosa, Francisco Glicério, General Deodoro, Quintino Bocayuva, 15 de Novembro, Prudente de Moraes, Rangel Pestana, Saldanha Marinho e Campos Salles
– Inicio da arborização da cidade e construção do novo cemitério

1891 – Prolongamento da via férrea da Cia Mogyana de Itapira até Eleutério
– Morte de Dom Pedro II
– Nomeação do distrito de Barão Ataliba Nogueira em homenagem ao presidente da Cia Mogiana (a origem do bairro remonta a 1969)
– Nomeação do distrito de Eleutério (a origem remonta a 1816)































1892 – Criação da Comarca de Itapira.


1893 – Pedido da instalação de Telegrafo Municipal
– Concessão para exploração por 20 anos do serviço funerário a Jose da Rocha Lima
– Criação da Guarda Municipal

1895 – Inaugurado o Theatro Santana
- Nascimento de Batista Junior

1897 – Inicio do abastecimento de água
- Lançamento da pedra fundamental do Grupo Escolar Dr Julio Mesquita












1898 – Fundação do Externato Itapirense, regido pelo Professor Miguel Lopes Cardim

1899 - Fundação do Clube XV de Novembro









1900 – Inauguração do no Mercado Municipal
- Iniciou-se os serviços de esgotos
– Censo apontava 25.000 almas

1902 – Surge o jornal Gazeta de Itapira
– Fundação da Sociedade Beneficente Operária 1º de Maio

1903 – Festas das árvores (terceira cidade a celebrá-la)

1905 – Celebrações da iluminação elétrica na cidade
– Fundação da Sociedade Italiana de Itapira
– Noticia sobre a morte de um menino de cinco anos faz referencia ao bairro da Ponte Nova (sem referencias a sua origem)
- Centro Espírita O Perdão, Amor e Caridade











1907 – Surgem os jornais: O Itapirense, A Cidade de Itapira, O mexe-mexe e o Tempo
– Inaugurado o Banco de Custeio Rural
– Ladrões penetram na Igreja Matriz furtando dinheiro e numerosos objetos
– Lançamento da pedra fundamental da Santa Casa
– inicio de construções na Rua José Bonifácio sinalizando a missão comercial do logradouro

1908 – Serviços telefônico intermunicipal

1909 – Inauguração do primeiro pavilhão da Santa Casa
– Surgimento do Cine Paulista no prédio do Theatro Sant’Anna,
– concluído o segundo pavilhão da Santa Casa – Dado o nome Itapira a uma locomotiva da Cia Mogyana
– Nascimento da Banda Lira itapirense






Foto da Santa Casa já em 1920


1910 – Instalação do Externato Modelo dos professores Nicanor Pereira da Silva e Gastão Strang
–Nomeação do agente consular italiano, Romulo Pindari
– A Bianchi & Cia inauguravam o Theatro Recreio

1911 – Inicio da construção da sede da Sociedade Hespanhola

1912 – Surge o jornal O Commércio de Itapira

1913 – Fundação da Igreja Católica Brasileira, pelo Conego Amorim, nascido em Mujães, Portugal.

1914 – Centro Espírita São Luiz Gonzaga

1916 – Fundação de um Jardim de Infância, pela Sra Maria de Souza Ferreira
– Os professores Rogerio Pereira da Silva e Jose de Oliveira Camargo fundam o Atheneu Itapirense
– Surgem os clubes, Ping Pong e Sport Club Operário
–Fundação do Centro Comércio e Industria
– Surgem os jornais Patrai Delgli Italiani e O Bandolim

1917 – Fundação do Club Ideal
– Construção da torre da Matriz
– Criado a Linha de Tiro 393
– Criada a Cruz Vermelha – fundação da Escola Modelo Particular, das professoras Lucilla Vasconcellos e Anna de Oliveira
– Inauguração do coreto do Largo da Matriz
– Circulação do jornal O Grito do Povo
- Ano de lançamento do poema Juca Mulato de Menotti Del Picchia

1918 – Irrompe a gripe hespanhola
– Instalado o Posto de Socorro da Matriz e o Posto de Assistência Hospitalar – Entrega da Bandeira à Linha de Tiro 393
– plano de instalação da rede urbana de telefones
– Inauguração do Matadouro Municipal










1919 – Surge o Comercial Futebol Club
– Fundada a Sociedade Amigos da Instrução pelo professorado o Grupo Escolar
– Descoberta no Sito Tapera Grande, água mineral de excelente qualidade
– Reaparecimento da Gripe Hespanhola
– Funda-se o Itapira Tenis Clube e o Sport club Itapirense
– Aparece o jornal O Pharol
– Inauguração da agencia da Caixa Econômica

1920 – Grandes festejos pelo aniversário da cidade em 24 de outubro

1921 – A visita do Presidente Washington Luiz Pereira de Souza

1922 – fundação da Escola de Datilografia pela professora Maria Angélica Xavier Ferreira
– Violento tremor de terra que durou 3 segundos- Inauguração da Fabrica de Chapéus Sarkis
– Comemorações impressionantes marcaram o centenário da Independência que durou o dia todo naquele 7 de setembro

1923 – Inaugurado o Colégio Coração de Jesus, dirigido pelas Irmãs Cristãs
– Inauguração do Banco Agrícola

1924 – Fundação da Escola Comercial de Itapira
– Estoura a Revolução chefiada pelo General Izidoro Dias Lopes, tendo Itapira por palco de guerra
– Instala-se a agencia do Banco Comercial do Estado de São Paulo.

1926 – Surge o jornal Primeiro de Maio – Funda-se o Partido Democrata

1927 – Funcionamento do Colégio São Jose, da professora Tharcilia Pinheiro
– O Centro Comercio e Industria inaugura sua sede social
– Criação da União dos Moços Católicos – Fundação do Jornal do Comércio

1930 – Itapira ver passar tropas em direção à São Paulo para domínio do novo governo encabeçado por Getulio Vargas

1931 – Publicação do jornal O Municipio
– Nascimento da Banda Jazz-Band Folies
- Maestro Cipó
1932 – Estoura a Revolução Constitucionalista
– Eleutério e Gravi, pontos de grande resistência e mortes
– Criação da Federação de Voluntários e da Liga Eleitoral Católica











1933 – Lançamento da pedra fundamental dos serviços de reabastecimento de águas e inauguração do play-ground no Parque Municipal
– Manutenção do Posto de Prevenção à Malária

1934 – Padre Henrique de Moraes Matos

1935 – Inicio da Usina N.S. Aparecida, de Virgolino de Oliveira
- Fundação do Sarkis Futebol Club
- Jose Martins Santiago, inicio do trabalho de fotografia











1936 – Inicio da Fundação Espírita Américo Bairral

1956 –Inauguração da Biblioteca Municipal
- Criação do Brasão de itapira

1958 – Capitão Bellini


1968 – Fundação do Lar Gracinda Batista
– Inauguração da Fonte Luminosa Benedito Alves de Lima

1970 – Criação da Bandeira Municipal e Oficialização do Hino Municipal

1974 – Inauguração do Museu Histórico no Parque











CULTURAL


Presto uma homenagem a minha amiga Clarinha, que nos deixou neste inverno de 2011, para continuar encantando com sua alegria e carinho os que habitam o Paraíso.







Este texto é de Irsemes, que era amiga e também membro da AILA como ela e, define bem o que penso da nova vida da minha querida amiga. Não digo Adeus......... mas até logo Clara.